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A Cultura em Diálogo

"Coragem é a capacidade que se tem de enfrentar o medo".

A CANTINA DOS DEPUTADOS.

Bom dia. A deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) celebrou, dançando no plenário da Câmara, a absolvição do seu colega João Magno (PT-MG), acusado de ter recebido o mensalão.

VOCÊ TEM CORAGEM DE VOTAR NESSES DOIS PERSONAGENS, NA PRÓXIMA ELEIÇÃO???

E as pizzas continuam proliferando na Câmara dos Deputados, que deveria chamar-se "CANTINA DOS DEPUTADOS".

A cada dia que passa, fico envergonhada, assistindo aos antimodelos que esses políticos dão a nossa Nação. Então, volto-me para meus pensamentos e lembro-me de Tolstoi.

"O momento presente é o único momento sobre o qual temos algum domínio. A pessoa mais importante é sempre a pessoa com quem estamos, que está diante de nós. A coisa mais importante a fazer a cada momento é tornar essa pessoa, a pessoa ao nosso lado feliz, pois não há nada mais que valha a pena na vida".

Bem, já que estamos no país dos políticos "sérios", vamos continuar brincando. Bom mesmo é brincar com gente inteligente. Luis Fernando Veríssimo escreveu O Brasil explicado em … galinhas !!! Leia com atenção e veja se não é a cara de nossa atual realidade. Pode ser que ou o Ladrão ou o Delegado sejam candidatos na próxima eleição.

Pegaram o cara em flagrante, roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.

D = Delegado – L = Ladrão

D – Que vida mansa, hein, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer, sem precisar trabalhar. Vá para a cadeia!

L – Não era para mim, não. Era para vender.

D – Pior, venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!

L – Mas eu vendia mais caro.

D – Mais caro?

L – Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos, enquanto as minhas botavam ovos marrons.

D – Mas eram as mesmas galinhas, safado.

L – Os ovos das minhas eu pintava.

D – Que grande pilantra… (Mas já havia um certo respeito no tom do delegado).

D – Ainda bem que vai preso. Se o dono do galinheiro o pega…

L – Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele, para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio.

D – E o que você faz com o lucro do seu negócio?

L – Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.

O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:

D – Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?

L – Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado, ilegalmente, no exterior.

D – E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?

L – Às vezes. Sabe como é.

D – Não sei não, excelência. Me explique.

L – É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa.

O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. É uma experiência nova.

D – O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.

L – Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!

D – Sim. Mas primário, e com esses antecedentes…

(Queridos leitores, os personagens são ficcionais e o texto é do consagrado Veríssimo, a quem peço licença para publicar).

E já que é para "bagunçar", vamos rir a valer. Não tenho o costume de escrever ou publicar textos chulos. Mas a indignação é tanta, que só rindo mesmo.

A MUIÉ DO ZÉ

O amigo chega pro Zé e fala:

– Ô Zé, sua muié tá ti traindo com Arcídes.

– Magina! Ela num me trai não. Cê tá inganado.

– Óia Zé ! Toda vez que ocê sai prá trabaiá o Arcídes vai prá sua casa.

Indignado com que o amigo diz, o Zé finge que sai de casa, mas se esconde dentro do guarda-roupa.

Passadas umas horas, quem bate na porta? O Arcides ….

O Zé fica olhando pela fresta da porta do guarda-roupa, que está entreaberta e logo vê sua muiê. Ela leva o Arcídes para dentro do quarto e começa a sacanagem:

– tira a brusa e os peito cai;

– tira a carça e a carcinha e a barriga e a bunda cai;

– tira as meia e aparece aquelas varizarada toda…

E lá de dentro do guarda roupa o Zé põe as mãos no rosto e diz:

– Ai, meu Deus! Que vergonha do Arcídes!!!

Como seria bom se as pessoas tivessem a inocência do Sr. Zé.

"Se puderes curar, cura; se não puderes curar, alivia; se não puderes aliviar, consola".

Estou aceitando sugestões – celp@terra.com.br

Até a próxima semana.

Profª Teresinha Bellote Chaman

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