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30 índios da reserva de Icatú visitaram a cidade

Defronte ao Paço Municipal a tribo dançou, expôs artesanatos à base de sementes e matérias-primas naturais e preparou comidas típicas. O objetivo, segundo o cacique dos Kaingangs, Ronaldo Iaiati, é manter a cultura viva através do cronograma da Ameríndia.

As crianças da Escola Municipal de Dança participaram da apresentação da dança indígena ao som de bumbos e paus. Seguindo os passos dos índios, os alunos aprenderam a dança e, principalmente, o valor da diversidade cultural.

Para o Secretário Sérgio Lago, é importante essa interação, “não se pode perder a ligação com a cultura mais primitiva do Brasil. Queremos trazer informações às gerações atuais, as reais referências da cultura indígena e principalmente mantê-la viva”.

Barreiras

O arqueólogo do Ceimam (Centro de Estudos Indígenas), Robson Antônio Rodrigues, intermediador da visita dos índios e um dos organizadores do projeto Ameríndia, reitera que o objetivo é romper barreiras e quebrar preconceitos em torno das diversidade étnica e cultural. “Desejamos que a discussão sobre isso tenha diferentes visões, desde a criança ao acadêmico. A idéia é que se rompa aquele olhar genérico e que haja uma interação entre a população em geral. Essa é a proposta do Ameríndia e certamente estamos atingindo”, diz.

Sobrevivência

Manter a cultura indígena é a luta dos povos Terenas e Kaingangs e deve ser o objetivo das muitas outras tribos também. “Se a gente desanimar, não vamos mais existir”, diz o cacique dos Kaingangs.

Toda vez que saem para uma performance pedem forças aos que ficam para que o desânimo não os atinja. “É uma luta difícil. Pedimos coragem a eles”.

Branco da paz

Para o cacique, a tribo deseja manter seus espaços e viver em paz com o “branco”. Assim como não deixar que seus costumes sejam esquecidos pelas novas gerações. “Não temos vergonha do que somos. Somente lutamos pelos nossos direitos. Pelos direitos de nossas tribos”, afirma.

A tribo conta com cerca de 250 hectares e 150 pessoas, fica próxima a Braunas-SP. O maior problema atualmente é a queimada.

“Temos uma plantação de cana ao redor da reserva. Quando eles queimam, a fumaça vai toda lá na tribo. Os índios têm problemas de saúde por causa disso”, conta.

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