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17 de outubro: Dia Nacional da Vacinação

Desafio é aumentar as taxas de cobertura nacional dos imunizantes e combater as fake news sobre as vacinas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que dados oficiais apontaram que 23 milhões de crianças não receberam as vacinas básicas por meio dos serviços de vacinação de rotina em 2020, representando 3,7 milhões a mais do que em 2019-20. Outro aspecto a ser considerado é a heterogeneidade das CV nos mais de 5.500 municípios do Brasil. Bolsões de baixas coberturas não favorecem o controle das doenças.

Conforme explica o pediatra e infectologista Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), a redução nas taxas de vacinação tem sido atribuída a diversos fatores, destacando-se como as principais razões: perda de percepção de risco para doenças que já não fazem mais parte de nossa rotina, desabastecimento frequente de algumas vacinas, horários de funcionamento dos postos de saúde que não atendem mais às necessidades de famílias que trabalham, a própria complexidade do calendário vacinal, com grande número de visitas necessárias para seu adequado cumprimento, entre outros.

“Outro motivo também para essa redução nas taxas de vacinação é o surgimento de grupos antivacinas, que disseminam notícias falsas sobre a segurança e a efetividade dos imunizantes”, comenta o médico. Ele explica que a hesitação vacinal refere-se à demora em aceitar ou à recusa das vacinas, apesar da disponibilidade nos serviços de vacinação. “É um fenômeno complexo e específico em seu contexto, variando ao longo do tempo, lugar e vacinas. À medida que fatos, rumores e medos se misturam e se dispersam, torna-se difícil para as pessoas encontrarem fontes e orientações confiáveis quando precisam”, aponta.

O especialista destaca que os riscos da desinformação para os programas de vacinação nunca foram tão elevados, assim como o risco de reemergência de doenças imunopreveníveis. “A atitude dos médicos e de outros profissionais de saúde em relação à vacinação influencia seus pacientes e afeta a decisão da população em se vacinar. A recomendação médica foi e continua sendo importante fator de adesão da população à vacinação”, finaliza Kfouri.

Foto Ilustrativa Freepik

(Flávia Lo Bello – Assessoria & Comunicação)

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