Luigi Polezze
A Vila Vicentina (R. São Vicente de Paulo, 252 – Vila Santa Maria), é um exemplo de dedicação e amor ao próximo. Sob a liderança de Sérgio Luis Carvalho, vice-presidente da instituição, o JA conseguiu uma entrevista que revela como a entidade desempenha um papel fundamental na assistência a idosos em situação de vulnerabilidade social.
UMA MISSÃO ACOLHEDORA
A Vila Vicentina é uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) que abriga atualmente 68 moradores. Muitos deles chegaram sem apoio familiar, vindos das ruas ou abandonados. “Nosso objetivo é oferecer um lar para quem não tem. Aqui, eles recebem não só cuidados básicos, mas também amor, respeito e dignidade”, explica Sérgio.
O trabalho exige estrutura e equipe qualificada, incluindo 46 funcionários entre enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas e farmacêuticos. No entanto, manter a instituição não é fácil, devido aos altos custos operacionais, que ultrapassam R$ 4.000 por idoso mensalmente, enquanto a maioria dos residentes contribui apenas com R$ 940, diante da maioria ganhar somente um salário mínimo e esse ser o valor permitido pelo Estatuto do Idoso.
OS DESAFIOS FINANCEIROS
Sérgio destaca o déficit mensal de aproximadamente R$ 50 mil, agravado pelo aumento dos custos pós-pandemia e pela estagnação dos repasses governamentais. “O governo federal e estadual nos repassam cerca de R$ 90 por idoso, e isso não aumenta há mais de 20 anos”, lamenta.
Para suprir as necessidades, a Vila conta com doações, eventos beneficentes, como bingos e rifas, além de um bazar que vende itens doados pela comunidade. Outra importante fonte de recursos é a Nota Fiscal Paulista, em que os cidadãos podem destinar créditos diretamente para a instituição.
COMO AJUDAR
A população pode contribuir de diversas formas:
• Doações em dinheiro via PIX ou diretamente para a Vila Vicentina (CNPJ: 45.747.003/0001/21; ou pelo Cell: 996265843)
• Itens de necessidade como leite (a instituição consome cerca de 40 litros por dia), fraldas geriátricas, alimentos, produtos de limpeza e higiene.
• Nota Fiscal Paulista, destinando os créditos para o CNPJ da instituição.
• Participação em eventos beneficentes organizados pela entidade.
Além disso, Sérgio faz um convite especial: “Gostaríamos que as pessoas viessem conhecer o nosso trabalho. Acreditamos que, ao ver de perto, elas entenderão a importância do que fazemos aqui”.
UM TRABALHO FEITO COM AMOR
A dedicação da equipe da Vila Vicentina é evidente. Sérgio e o presidente Odair Brasilino, ambos aposentados, se dedicam integralmente à administração da instituição, sem receber qualquer remuneração. “Trabalhamos aqui como se os idosos fossem nossos próprios pais e avós. Fazemos isso com muito amor, apesar de todas as dificuldades”, conta Sérgio.
O mandato de Odair Brasilino termina no próximo ano, e Sérgio deverá assumir a presidência, dando continuidade a esse trabalho fundamental. “Queremos seguir oferecendo dignidade e um lar acolhedor para esses idosos, com o apoio da população”, conclui.
A Vila Vicentina é mais do que uma instituição: é um símbolo de humanidade e solidariedade. Em tempos de desafios financeiros e sociais, cada contribuição conta para garantir que esse lar continue a transformar vidas. Para ajudar, basta entrar em contato diretamente com a instituição e fazer parte dessa corrente do bem.

