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Vereadores têm desconfiômetro?

Pelo andar da carruagem os nobres representantes (nobre, tratamento regimental e, portanto, sem ironia) não têm esse aparelho mágico, como também, sensibilidade para ouvir o grito da população. É certo que uma parte, infelizmente minoria, pode tê-la, mas, não dá para aceitar a discussão envolvendo a contratação de um chefe de gabinete para cada ilustre agente político, regiamente pago num contrato de 4 anos. Essa denominação apenas procura maquiar a de um “segundo assessor” que, possivelmente, vai trombar na pequena sala do vereador para onerar os cofres públicos. É pífio defender que isso, ou seja a contratação de mais um assessor, representa a criação de 21 empregos. Ora, os vereadores não podem fazer caridade com o dinheiro do povo. Se essa for a justificativa- máter que cada um adote uma família carente…

A título de curiosidade, lembramos que na instituição do “primeiro assessor”, os vereadores-precursores se mantiveram tão sem-jeito que até discutiram a possibilidade de pagá-lo com o dinheiro próprio, isto é, do salário que, hoje, ultrapassa a 3 mil reais, afora a mordomia, encargos sociais e seguro-saúde. Em se falando desse plano de saúde, até nisso os funcionários da edilidade araraquarense são especiais: têm a cobiçada medicina privada que os companheiros do Executivo apenas sonham e não encontram respaldo nem do sindicato da categoria.

Voltando aos nobres, propala-se uma verba especial para cada gabinete. Não é uma utopia? Isso é, para dizer o mínimo, uma bruta insensibilidade, uma ofensa à inteligência do araraquarense, um tapa na cara dos contribuintes que fazem sacrifício para honrar tantos impostos diretos e indiretos. O povo, senhores vereadores, está cansado de dar três meses de trabalho, um quarto de sua vida para alimentar essa máquina insaciável.

O segundo assessor e verba própria para o gabinete do nobre vereador, certamente, deverão merecer discussão e votação transparentes em plenário. Essa maravilha está sendo sugerida por um professor da Unesp… e, assim, seria pertinente indagar: por que não fazer um estudo, dentro das possibilidade administrativas e econômicas de nossa gente, para diminuir o número de nobres vereadores?

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