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Varejo obteve bom desempenho em novembro

Os dados elaborados pelo Instituto de Economia "Gastão Vidigal" da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) revelam que o varejo da capital apresentou bom movimento em novembro com o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da entidade registrando aumento de 5,5% no número de consultas.

Já no UseCheque o crescimento das consultas foi de 4,9% no mesmo período. Os Registros Recebidos aumentaram 14,3% no mês passado e os Cancelados 18,4%.

O presidente da Associação Comercial, Guilherme Afif Domingos, afirmou que o impacto das elevações da SELIC ainda não se fizeram sentir totalmente no varejo, já que o setor vem mantendo as taxas de juros praticadas anteriormente. Segundo ele, o comércio se estocou com base em uma expectativa de crescimento forte das vendas e agora precisa fazer promoções para incrementar seu movimento e, assim, não encerrar o ano com estoques acima do desejado. Afif ponderou, no entanto, que a continuidade na política de elevação da taxa básica de juros terá efeito altamente negativo sobre o desempenho do comércio nos primeiros meses de 2005, com reflexos nas encomendas para a indústria, podendo reverter o processo de recuperação da economia em curso.

Para o presidente da ACSP as taxas de juros no Brasil estão bastante elevadas, não se afigurando necessárias novas altas, uma vez que a economia já apresenta sinais de desaceleração do crescimento. Além do impacto sobre as atividades econômicas, a política do COPOM vem gerando incertezas com relação ao futuro, o que compromete a realização de investimentos. Deve-se considerar ainda, disse Afif, "que novas elevações da taxa SELIC, provocando impacto altamente negativo sobre o endividamento público, podem tornar mais difícil a administração da dívida".

Para Afif, é necessário que se adotem medidas complementares para o controle da inflação, como o aumento do superávit fiscal primário, ao invés de se depender apenas das taxas de juros com essa finalidade, pois isso compromete o crescimento.

O presidente da ACSP lembrou que, independente da evolução da taxa SELIC, é importante que se adotem medidas para a redução do "spread" bancário, como a diminuição dos compulsórios e da tributação sobre as operações financeiras. Destacou os esforços da ACSP e de outras entidades, em conjunto com a secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, na elaboração de um projeto de lei que possibilite a criação do "Cadastro Positivo". Além de permitir a redução da inadimplência, o cadastro positivo e o uso de "score" irão contribuir a expansão do crédito e premiar o bom pagador com taxas de juros menores.

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