Uma vida que merece respeito

De imediato, torna-se salutar afirmar que a Doutora Clara Peckmann Mendonça não precisa de advogado, não necessita de ninguém para sublinhar a importância de seu trabalho e coração extremamente generoso. Enfim, completamente dispensável qualquer tentativa de falar sobre a vida desta mulher maravilhosa que, por muitas décadas, deu o máximo de si para o Hemocentro da Unesp, para o Gaspa e para um sem número de ações canalizadas aos seus semelhantes. É alguém que, mesmo aposentada, continua se emocionando e lutando a favor dos doentes, dos necessitados de sua energia. Com palavra e ação, é só bater à sua porta.

A Dra. Clara é uma legenda que a história, altaneira, registra com letras fortes. E, talvez, alguns ainda vão escrever, com decência e justiça, sobre o que representa essa cidadã, no sentido lato do termo.

Mas, se a Dra. Clara não precisa de advogados, do mesmo jeito, não precisa de ninguém que trabalhe para tentar desgastá-la.

Até hoje não se entendeu a exoneração, a pedido, da Dra. Clara da Secretaria de Saúde. O prefeito Edinho Silva não lhe deu a importância devida. Na saída, quando entregou a carta de demissão, até o carro foi negado para levá-la de volta à sua casa. Mas, isso já faz algum tempo. Está marcado só no coração da Dra. Clara e dos que admiram o seu trabalho, emocionam-se com sua experiência e vibram com o seu saber colocado, com alta dose de amor, rm favor dos necessitados. É uma cientista que não liga, inclusive, para medalhas que poderiam ser espalhados pelo seu peito. Está sempre agradecendo a oportunidade de ser útil. Continua servindo, sem pensar em pagamentos e honrarias.

Mas, nessa semana, ficamos sabendo que até do Gaspa (que ela formou e deu conteúdo para atender aos infectados pelo HIV) a Dra. Clara Peckmann Mendonça foi, inopinada e traiçoeiramente, arrancada por um grupo de pessoas.

Isso é apenas um detalhe. O que precisa ficar assentado com a determinação de quem ama esta cidade e respeita quem luta por ela e sua gente, é que ninguém, ninguém mesmo, por maior que seja a patente ou investidura (sempre efêmeras) e que tenha eventual fome de aparecer para galgar novas posições, ninguém, sublinhamos, tem o direito de magoar e combater essa mulher que é só dedicação e doação. Araraquara respeita e ama a Dra. Clara Peckmann Mendonça cuja folha de serviço ficará, indelevelmente, registrada na esteira do processo de construção de uma cidade feliz. Está no coração de nossa gente. Isso lhe basta, mas, para nós interessa deixar cristalinamente fincada a bandeira da solidariedade. E nela, faiscam a gratidão e admiração dos que conhecem a história de vida da Professora Doutora Clara. Esse brilho, dess’arte, anula eventuais ataques tolos e atitudes pequenas.

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