Quando a anorexia chama a atenção por fatos extremos e dolorosos, vem à mente a situação de uma pessoa obesa perder freios e, dessa forma, comer e comer. Pensa linearmente: já que estou gorda, um pouco mais não faz mal. Ledo engano, faz sim. Numa analogia, é isso que ocorre em Araraquara. O mato toma conta e ninguém faz nada. Quem deveria fazê-lo? O prefeito Edinho Silva, claro como a luz ofuscante do meio dia. Ao destacar o mato, na última edição do J.A., com o “sujeito” oculto, a objetividade do texto deu chance para algumas brincadeiras e uma empresária telefonou à redação para lamentar.
Por isso, embora pecando pelo excesso embora – plenamente justificável pelo excesso de mato no meio-fio de ruas e avenidas desta cidade que foi cognominada de “A Mais Limpa das Três Américas” – queremos retomar o fato para afirmar que em todos os cantos da cidade (como este, localizado na Vila Xavier: à Rua 13 de Maio, na esquina asfaltada com a Avenida Major Dario de Carvalho, existe um matagal inaceitável perto da escola e estabelecimentos comerciais), em todos os recantos existe muito mato que transborda por falta de combate. Isso é tão lamentável como as árvores que são podadas de qualquer jeito e a prefeitura omissa ainda ganha alguns trocados quando os galhos são levados ao aterro sanitário. Um absurdo!
Além do aspecto horrível, com chuvas e elevadas temperaturas o pernilongo (mosquito aedes-aegypti), ganha meio ambiente propício para transmitir dengue à população. Vale dizer, a falta de limpeza, num descaso ofensivo às tradições administrativas, pode originar um problema de saúde pública. (Geraldo Polezze)