João Luiz Ultramari
Após o avião tocar a pista, um dos pilotos diz: “reverso, 1 apenas. Spoiler nada. Olha isso”. Em seguida, ouvem-se gritos.
Um dos pilotos diz: “desacelera, desacelera”.
O outro responde: “eu não consigo”.
– Olhe isso. Desacelera.
– Eu não consigo, eu não consigo.
– Ô meu deus, ô meu Deus.
– Vai, vai. Vira, vira, vira.
Som de batida e a torre:
– Ah não!!!
Falha humana: se a manutenção do avião estivesse em ordem e com a experiência do piloto, teria ocorrido o acidente? Por que somente agora a diminuição de vôos? Infelizmente a suposta ganância das empresas sobrou para os inocentes. Vamos aguardar o final das investigações e punições.
Audiência Pública
Na última segunda-feira (30/7), teve uma audiência pública para a discussão do tema “O crescimento do trânsito e suas conseqüências”. Audiência aprovada através do requerimento do vereador Fernando César Câmara.
Aplausos: inicialmente temos que parabenizar o vereador, mais conhecido por Galo, pela iniciativa com a aprovação dos demais vereadores.
Presentes: Vereadores Ronaldo Napeloso (que presidiu a audiência pública), Fernando César Câmara (autor da realização da audiência), José Carlos Porsani e Elias Chediek, o coordenador de trânsito Nilson Carneiro, os representantes do 13º Batalhão da Polícia Militar, o comandante da Polícia Rodoviária (sempre presente nas reuniões) e o Comandante da Guarda Municipal Coronel Lambor. Presente também o Professor Coca Pinto Ferraz, o representante do DAAE, o gerente e supervisor da empresa Novamoto Fernando Antoniolli e Marcelo Azzoni, João Luiz Ultramari, representando a OAB (ex-secretário dos Transportes) e demais pessoas.
Ausências: lamenta-se a ausência dos demais vereadores, demais entidades de classe e empresas do ramo de venda de motos e todas mais que foram convidadas pela Câmara Municipal (através do vereador Galo) para discutir e pedir prestação de contas aos nossos representantes.
Cobranças: inicialmente foi aberta a palavra aos que não faziam parte da mesa (composta pelos vereadores Napeloso e Galo, Coordenador de Trânsito, representantes da Polícia Militar/Rodoviária, Guarda Municipal e o Professor Coca).
Cobranças dos vereadores: por que não aumentam o espaço da área azul na Rua Gonçalves Dias (abaixo assinado de todos os moradores do trecho); problemas de trânsito na avenida 36 e placas enferrujadas (Porsani); prestação de contas da arrecadação de multas, despesas e investimento (Chediek); mudança do Código de Trânsito no uso de pisca alerta (Napeloso).
Cobrança de outras pessoas: baias na Via Expressa para carga e descarga; falta de sinalização e placas, principalmente nos bairros; multas pela Guarda Municipal (legalidade); velocidade na cidade; buracos, pavimentação e radares.
Nossa cobrança: como tínhamos dezenas de cobranças, em razão do tempo, tivemos que diminuí-las, solicitando ao vereador Galo que requeresse a aprovação e formação de uma comissão permanente de Vereadores para discussão sobre trânsito com a sociedade.
Foram as seguintes: por que a Polícia Militar não volta a fiscalizar o trânsito do Município, além de suas atribuições estaduais?; por que na administração anterior, com uma pequena receita de multas e sem radares, todos os cruzamentos da cidade e distrito foram sinalizados e tinham manutenção? Foram adquiridos e deixados 4 veículos novos para a atual administração, foram colocados dezenas de semáforos modernos, foi deixada uma fábrica de placas, foram sinalizados nomes de ruas em todos os canteiros centrais e principais ruas e avenidas da cidade e agora, com arrecadação de R$ 1.500,000,00 anuais, pouco se faz e não é prestado contas à população? Como fica o problema do Posto Zero, veículos que ficam no meio do mato e na rua e ainda cobram estadia? Sem falar nos problemas da vizinhança, com ratos dentro das casa. E por que não mudaram os semáforos mecanizados do centro da cidade?
Respostas do Coordenador de Trânsito: sobre receita, despesas e investimentos falou que desconhece o motivo pelo qual os vereadores não recebem os balancetes. “A sinalização está sendo feita com tinta moderna. Foram colocados alguns semáforos necessários e tem estudos em relação ao centro. Estão sendo colocadas placas de novas denominações e as placas anteriores estão enferrujando porque não usaram material moderno. O posto zero está sendo estudado para retornar ao Município, porque a administração anterior devolveu para o Estado. A velocidade é colocada de acordo com o local”. Enfim, ficamos sem respostas em muitas cobranças, esperando que o vereador Galo marque outra audiência com a máxima urgência para a complementação das reinvidicações ou que seja cobrado pelos Vereadores através da Câmara Municipal.
Polícia Militar: confirma que continua o convênio Estado x Município. O nosso posicionamento foi em relação às outras competências do Município e que estão sendo feitas pela Guarda Municipal. Realmente a Polícia Militar tem desempenhado muito bem o seu papel em relação a multas estaduais (falta de documentação, apreensão de veículos, etc).
Polícia Rodoviária: apresentou dados estatísticos dos acidentes de trânsito, mas, não tivemos tempo para questionar a segurança nas entradas e saídas da cidade, iluminação nos viadutos, retirada das placas indicativas de bairros nas entradas da cidade…
Professor Coca: disse que não iria fazer críticas sobre o trânsito de Araraquara, passando dados estatísticos do mundo. Mas, no final, criticou a mudança para duas mãos de direção defronte sua residência e a retirada do contorno na Av. 36 para a travessia de veículos. Parabenizou a iniciativa do vereador Galo e achou produtiva a audiência, com a presença de autoridades e demais presentes, principalmente o atual coordenador de trânsito e o secretário anterior. Ele também é ex-presidente da CTA e coordenou nosso trânsito.
Concessionária de motos: um dos únicos representantes na audiência, Fernando Antoniolli, manifestou-se e deixou a empresa ao dispor na colaboração do trânsito em Araraquara. Afirmou inclusive que a empresa já tem um centro de treinamento para os motoqueiros em outra cidade e que em breve deverá construir um em Araraquara.
Até a próxima
Esperando que realmente o vereador Galo consiga formar uma comissão permanente de vereadores e volte a discutir com a sociedade os problemas de trânsito, e claro, compareçam as entidades de classe e demais autoridades e principalmente todos os vereadores, pois na audiência anterior da CPMF…
Críticas X Respostas
Até agora não tivemos resposta da promessa do Prefeito sobre as críticas feitas pela Tribuna Livre, mas, houve um cutucão em outro órgão de impressa no dia 29/7, ou seja:
“Contrato de comodato do Estádio da antiga Ferroviária está para sair”.
Segundo consta, as informações foram dadas pelo próprio Prefeito, que reiterou a intenção de pavimentar o terreno para que a S/A possa se fortalecer como clube-empresa. Voltou a insistir em contrato de comodato longo com a S/A (20 anos) para ela alcançar estabilidade e vôos maiores.
Dinheiro Público: menciona também o órgão de imprensa, que o Prefeito fez questão de falar sobre as afirmações constantemente espalhadas pela cidade, de que o Município coloca dinheiro público na Ferroviária. “Quem diz isso ou está mal informado ou está de má fé”. A dívida assumida pelo Município com a AFE foi de R$ 3.000.000,00, valor da venda do Estádio e troca do prédio do Clube no centro. Que tudo que falam é o contrário, foram outras administrações que colocaram dinheiro público na AFE.
Prestação de Contas: Prefeito Edinho Silva, se realmente o que foi dito no outro órgão de impressa está correto, perguntamos:
a) Por que na ata de assembléia da AFE não consta isso?
b) Ninguém está contra o seu projeto, mas por que não presta contas à população, de quanto está sendo gasto com a AFE?
c) Como vereador nas administrações anteriores, por que foi omisso e conivente, caso realmente os ex-prefeitos colocaram dinheiro público na AFE?
Senhores, presidente, vice-presidente e presidente do Conselho da AFE: o que foi afirmado no outro órgão de imprensa está correto? Se a dívida da AFE for superior a R$ 3.000.000,00, a AFE continua endividada, perdendo todo o patrimônio? Já foram providenciados os ofícios e balanços de 2003 a 2006 determinados na última assembléia do Conselho?
Autorização para o uso do nome da AFE: o Conselho Deliberativo da AFE já autorizou o uso do seu nome pela Ferroviária S/A por 20 anos, para que o Prefeito possa encaminhar o comodato para a Câmara Municipal?