Maior representatividade, abrindo-se a oportunidade para quase o dobro do número de parlamentares. A verba para a Câmara Municipal, cuja rubrica orçamentária ganha o rótulo de duodécimo, deverá ser diminuída consoante o Projeto de Emenda Constitucional que, após aprovação em duas votações no plenário da Câmara Federal, inicia a tramitação pelo Senado. Pode até ter condição temporal para refletir essa mudança a partir da próxima legislatura: menos dinheiro do contribuinte mensalmente e mais vereadores para fazer valer o pensar e agir de outros segmentos. O plenário sairá enriquecido, aprendendo a conviver com os que pensam diferentemente. Uma boa injeção no contexto democrático, tornando a representação mais transparente. Isso merece ser praticado.
Mas, o Palácio "Vereador Carlos Manço" agüenta tanta gente? Bem, aqui vão torcer o nariz para a solução simplista. Evidentemente comporta e pode até sobrar espaço. Por que cada vereador tem que ter três assessores? Não defendemos que os atuais sejam demitidos, poderão prestar serviços a todos os nobres da Casa de Leis. O Legislativo sempre funcionou bem, com pouca gente. Com meia dúzia de pessoas, firmes e capazes, o Legislativo araraquarense escreveu lindas páginas. Essa mania de assessores pegou nos últimos mandatos. Para socorrer o vereador pouco afeito a concatenar idéias e expressá-las no papel um dos assessores alinhavará seu pensamento para bem representar o povo. Outro detalhe, o vereador ganhando pouco (quem sabe!) motivará muitos cidadãos bem preparados a colocar seu nome para um mandato popular. Salário simbólico, pois, a bem da verdade política não deve ser profissão de ninguém. Isso posto, poderemos ter um plenário de extrema qualidade. Repetindo: pouco dinheiro, praticamente um "múnus público". Vamos torcer caros (e)leitores.