Ética no anonimato

José Brenand da Silva (*)

O anonimato parece-me material que para se usar requer certa ética, coerência, e sobre tudo, condições de se dar conhecimento a determinado setor, para que se investigue alguém, ou algo. Quem faz uma denúncia assume o “ônus da prova”. De certo, estaríamos correndo risco de vida ( denunciar traficantes de entorpecentes e etc…).

Fui candidato ao Poder Executivo de Américo, não fui eleito, e durante a campanha, na qualidade de Presidente de um Partido Político, levei fatos ao Ministério Público Federal, onde solicitei investigação para acompanhar o processo eleitoral em Américo Brasiliense. Visando, dessa forma, coibir aliciamento de eleitores e possíveis compra de votos que, eventualmente, poderiam ser praticado por candidatos, de acordo com informações que me foram dadas. Estariam ocorrendo… (citei nomes, independente do conceito de amizade ou sigla partidária), portanto assumi o “ônus” assinando o documento.

Os políticos citados tomaram conhecimento e souberam quem foi o solicitante. Se sobraram mágoas ou não, é uma outra questão. O certo é que dei minha contribuição à transparência e ética, para que pudéssemos ter um pleito eleitoral limpo que, acredito, haja ocorrido.

Do anonimato sem ética e sem nome: foi divulgado no (MSN) Internet, nomes atribuídos a atual administração Executiva de Américo Brasiliense, que na minha ótica, os doutos denunciantes anônimos, de certo por não terem elementos suficientes, tentam no anonimato, denegrir a imagem de pessoas. Acho isso lamentável, levando em consideração que estamos em pleno século XXI, século de mudanças.

Dentro desse contexto, sugiro aos nobres denunciantes anônimos, que assumam condição de cidadãos, e que a nosso exemplo, sonham com uma sociedade mais justa e honesta (ser honesto não é qualidade, é dever) que criem uma ONG (Organização Não Governamental) de acordo com o incentivo do Gov. Federal (Transparência Brasil), e passem a acompanhar os passos da nova administração, e de outras que de certo virão, mas o façam à luz do dia, e não à sombra da noite, usando o anonimato, e um veículo de extremo poder de comunicação (a internet), para que dessa forma, dêem enorme contribuição moral aos nossos filhos e netos. Caso contrário, que moral teremos para dizer aos nossos filhos o que é certo ou errado? É bom lembrar que qualquer administração, pública ou privada, se cerca de pessoas de sua restrita confiança e a sociedade como um todo compete fiscalizar os que nas urnas receberam a incumbência de governar para o bem comum. Que se dê, então, um tempo para que a nova administração trabalhe e prove para os eleitores a sua capacidade administrativa e honradez.

Acredito que é muito curto o espaço de tempo para se efetuar cobranças.

(*) É Presidente do PSB de Américo Brasiliense.

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