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Teste o seu Português (584)

Prof.ª Dr.ª Terezinha Bellote Chaman (*)

Quanto mais crescermos no AMOR, tanto mais reconheceremos a nossa pequenez, seremos cada vez mais levados a rezar e a pôr toda a nossa confiança na graça de DEUS.

Peço licença à escritora italiana Irene Vella: é seu esse belíssimo texto. Ele retrata a dura realidade vivida pelo mundo, nos dias de hoje. Temos fé de que tudo terminará como ela sonha.

A primavera não sabia

Era março de 2020. As ruas estavam vazias.

Lojas fechadas, as pessoas não podiam sair. Mas, a primavera não sabia e as flores começaram a florir.

O sol brilhava, os pássaros cantavam, as andorinhas iam chegar em breve. O céu estava azul, a manhã chegava mais cedo. Isso foi em março de 2020.

Os jovens tinham de estudar online e encontrar ocupações em casa. As pessoas não podiam fazer compras e nem ir ao cabeleireiro.

Em breve, não haveria mais espaço nos hospitais e as pessoas continuavam ficando doentes. Mas, a primavera não sabia.

A hora de ir ao jardim estava chegando, a relva ficava mais verde. Isso foi em março de 2020.

As pessoas foram colocadas em isolamento, para proteger avós, famílias e crianças. O mundo tornou-se real e os dias eram parecidos. Mas, a primavera não sabia.

As macieiras, cerejeiras e outras floresceram, as folhas cresceram. As pessoas começaram a ler. A brincar com a família. Cantando na varanda, convidando os vizinhos a fazerem o mesmo.

Aprenderam uma nova língua, a serem solidários a se concentrarem em outros valores. As pessoas perceberam a importância da saúde. O sofrimento deste mundo que parou, da economia que caiu. Mas, a primavera não sabia.

As flores deixaram seu lugar para as frutas, os pássaros fizeram os ninhos, as andorinhas chegaram. Então, o dia da libertação chegou.

As pessoas souberam pela TV que o vírus tinha perdido a batalha. As pessoas saíram para a rua, cantaram, choraram, beijaram seus vizinhos, sem mascaras nem luvas.

E foi aí que o verão chegou. Porque a primavera não sabia…

Ela continuou lá, apesar de tudo, apesar do vírus e do medo da morte. Porque a primavera não sabia. Ela ensinou as pessoas o poder da vida.

Teste seu Português:

01 O ciclista é ágil Posso dizer que ele é:

a ( ) agílimo;

b ( ) agilíssimo;

c ( ) muito ágil.

02 O cacho de bananas ___________.

a ( ) amadureceu;

b ( ) amadurou;

c ( ) madurou.

03 ___________ é uma tangerina originária do Japão.

a ( ) Poncam;

b ( ) Poucan;

c ( ) Poucã;

d ( ) Poncã.

04 Manoel deu uma ___________ de presente para sua sogra.

a ( ) bassora;

b ( ) vassora;

c ( ) bassoura;

d ( ) vassoura.

05 O que quer dizer: frugal? À noite, prefira sempre uma refeição frugal.

a ( ) à base de carne;

b ( ) só com frutas;

c ( ) bem temperada;

d ( ) ligeira.

06 Como devemos chamar o milho quebrado?

a ( ) quirera;

b ( ) quirela.

07 Ele costumava tomar um _________ na ___________. Agora, com a ___________, bebeu demais não pode dirigir.

a ( ) porri cerveijaria lei seca;

b ( ) porre cervejaria lei-seca.

08 A cozinha está ___________ do cheiro bom de tempero.

a ( ) impregnada;

b ( ) impreguinada;

c ( ) empregnada;

d ( ) empreguinada.

09 Durou apenas um ____________ o nosso relacionamento.

a ( ) quincuênio;

b ( ) quinquênio;

c ( ) qüinqüênio;

d ( ) qüincuênio.

10 No final da festa foi o maior ____________.

a ( ) qüiproquó;

b ( ) quiprocó;

c ( ) quiprocuó;

d ( ) quiproquó.

(*) Pesquisadora do GEPEFA Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Famílias.

RESPOSTAS

Resp 1.: a b c Ele é agílimo, agilíssimo ou muito ágil.

Todas as respostas apontam a grande agilidade do ciclista.

Resp 2.: a b c – O cacho de bananas amadureceu, amadurou ou madurou.

As três expressões estão adequadas. São palavras dicionarizadas (Aurélio e Borba).

Resp 3.: d – Poncã é uma tangerina originária do Japão.

Resp 4.: d Manoel deu uma vassoura de presente para sua sogra.

Resp 5.: d Frugal quer dizer ligeira, leve, parcimoniosa.

À noite, prefira sempre uma refeição frugal.

Resp 6.: a b Quirera ou quirela (= as duas formas estão corretas. A variante quirela é muito pouco usada, segundo o DUP Borba 2004).

Resp 7.: b Ele tomou um porre na cervejaria. Agora, com a lei-seca, bebeu demais não pode dirigir.

Porre (= pileque, embriaguez, bebedeira).

Cervejaria (= estabelecimento onde se vende e se toma cerveja).

Resp 8.: a A cozinha está impregnada do cheiro bom de tempero.

Impregnada (= penetrada, ocupada, tomada).

Resp 9.: b Durou apenas um quinquênio o nosso relacionamento.

Quinquênio (= período de cinco anos).

Resp 10.: d No final da festa foi o maior quiproquó.

Quiproquó (= confusão, equívoco).

OBS.: Colunista semanal dos jornais Diário do Grande ABC (SP)~e Jornal de Araraquara (SP), Jornal Independente Dois Córregos (SP), Tribuna do Norte Natal (RN), Jornal de Nova Odessa (SP), Diário da Franca Franca (SP) e Diário de Sorocaba Sorocaba (SP) Jornal de Itatiba Itatiba (SP) O Liberal Regional Araçatuba (SP) Diário da Serra Tangara da Serra (MT) Gazeta Penhense Penha/SP Gazeta do Ipiranga/SP.

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