Prof.ª Dr.ª Terezinha Bellote Chaman (*)
Quanto mais crescermos no AMOR, tanto mais reconheceremos a nossa pequenez, seremos cada vez mais levados a rezar e a pôr toda a nossa confiança na graça de DEUS.
Peço licença à escritora italiana Irene Vella: é seu esse belíssimo texto. Ele retrata a dura realidade vivida pelo mundo, nos dias de hoje. Temos fé de que tudo terminará como ela sonha.
A primavera não sabia
Era março de 2020. As ruas estavam vazias.
Lojas fechadas, as pessoas não podiam sair. Mas, a primavera não sabia e as flores começaram a florir.
O sol brilhava, os pássaros cantavam, as andorinhas iam chegar em breve. O céu estava azul, a manhã chegava mais cedo. Isso foi em março de 2020.
Os jovens tinham de estudar online e encontrar ocupações em casa. As pessoas não podiam fazer compras e nem ir ao cabeleireiro.
Em breve, não haveria mais espaço nos hospitais e as pessoas continuavam ficando doentes. Mas, a primavera não sabia.
A hora de ir ao jardim estava chegando, a relva ficava mais verde. Isso foi em março de 2020.
As pessoas foram colocadas em isolamento, para proteger avós, famílias e crianças. O mundo tornou-se real e os dias eram parecidos. Mas, a primavera não sabia.
As macieiras, cerejeiras e outras floresceram, as folhas cresceram. As pessoas começaram a ler. A brincar com a família. Cantando na varanda, convidando os vizinhos a fazerem o mesmo.
Aprenderam uma nova língua, a serem solidários a se concentrarem em outros valores. As pessoas perceberam a importância da saúde. O sofrimento deste mundo que parou, da economia que caiu. Mas, a primavera não sabia.
As flores deixaram seu lugar para as frutas, os pássaros fizeram os ninhos, as andorinhas chegaram. Então, o dia da libertação chegou.
As pessoas souberam pela TV que o vírus tinha perdido a batalha. As pessoas saíram para a rua, cantaram, choraram, beijaram seus vizinhos, sem mascaras nem luvas.
E foi aí que o verão chegou. Porque a primavera não sabia…
Ela continuou lá, apesar de tudo, apesar do vírus e do medo da morte. Porque a primavera não sabia. Ela ensinou as pessoas o poder da vida.
Teste seu Português:
01 O ciclista é ágil Posso dizer que ele é:
a ( ) agílimo;
b ( ) agilíssimo;
c ( ) muito ágil.
02 O cacho de bananas ___________.
a ( ) amadureceu;
b ( ) amadurou;
c ( ) madurou.
03 ___________ é uma tangerina originária do Japão.
a ( ) Poncam;
b ( ) Poucan;
c ( ) Poucã;
d ( ) Poncã.
04 Manoel deu uma ___________ de presente para sua sogra.
a ( ) bassora;
b ( ) vassora;
c ( ) bassoura;
d ( ) vassoura.
05 O que quer dizer: frugal? À noite, prefira sempre uma refeição frugal.
a ( ) à base de carne;
b ( ) só com frutas;
c ( ) bem temperada;
d ( ) ligeira.
06 Como devemos chamar o milho quebrado?
a ( ) quirera;
b ( ) quirela.
07 Ele costumava tomar um _________ na ___________. Agora, com a ___________, bebeu demais não pode dirigir.
a ( ) porri cerveijaria lei seca;
b ( ) porre cervejaria lei-seca.
08 A cozinha está ___________ do cheiro bom de tempero.
a ( ) impregnada;
b ( ) impreguinada;
c ( ) empregnada;
d ( ) empreguinada.
09 Durou apenas um ____________ o nosso relacionamento.
a ( ) quincuênio;
b ( ) quinquênio;
c ( ) qüinqüênio;
d ( ) qüincuênio.
10 No final da festa foi o maior ____________.
a ( ) qüiproquó;
b ( ) quiprocó;
c ( ) quiprocuó;
d ( ) quiproquó.
(*) Pesquisadora do GEPEFA Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Famílias.
RESPOSTAS
Resp 1.: a b c Ele é agílimo, agilíssimo ou muito ágil.
Todas as respostas apontam a grande agilidade do ciclista.
Resp 2.: a b c – O cacho de bananas amadureceu, amadurou ou madurou.
As três expressões estão adequadas. São palavras dicionarizadas (Aurélio e Borba).
Resp 3.: d – Poncã é uma tangerina originária do Japão.
Resp 4.: d Manoel deu uma vassoura de presente para sua sogra.
Resp 5.: d Frugal quer dizer ligeira, leve, parcimoniosa.
À noite, prefira sempre uma refeição frugal.
Resp 6.: a b Quirera ou quirela (= as duas formas estão corretas. A variante quirela é muito pouco usada, segundo o DUP Borba 2004).
Resp 7.: b Ele tomou um porre na cervejaria. Agora, com a lei-seca, bebeu demais não pode dirigir.
Porre (= pileque, embriaguez, bebedeira).
Cervejaria (= estabelecimento onde se vende e se toma cerveja).
Resp 8.: a A cozinha está impregnada do cheiro bom de tempero.
Impregnada (= penetrada, ocupada, tomada).
Resp 9.: b Durou apenas um quinquênio o nosso relacionamento.
Quinquênio (= período de cinco anos).
Resp 10.: d No final da festa foi o maior quiproquó.
Quiproquó (= confusão, equívoco).
OBS.: Colunista semanal dos jornais Diário do Grande ABC (SP)~e Jornal de Araraquara (SP), Jornal Independente Dois Córregos (SP), Tribuna do Norte Natal (RN), Jornal de Nova Odessa (SP), Diário da Franca Franca (SP) e Diário de Sorocaba Sorocaba (SP) Jornal de Itatiba Itatiba (SP) O Liberal Regional Araçatuba (SP) Diário da Serra Tangara da Serra (MT) Gazeta Penhense Penha/SP Gazeta do Ipiranga/SP.