Teste o seu Português (379)

Terezinha Bellote Chaman (*)

Eu acredito na família.

A Segunda Família…

A essa época, desde a partida de mamãe, eu e mais dois irmãos solteiros, Mílton e Eliana, passamos a morar com nossa irmã Marlene, casada com João Primiano, de cuja união havia quatro filhos. Esta foi minha segunda família e meus segundos pais, "Tata" e João. Foram cinco anos e meio em que se fazia forte a união, o colocar em comum todos os bens espirituais e materiais, o partilhar alegrias, educação das crianças, festas e o casarão da Gonçalves Dias, 983, alugado para comportar os três novos integrantes das famílias Bellote/Primiano. Casa sempre cheia, em que a tônica era viver constantemente o momento presente, sempre viver o Outro. DEUS foi a pilastra forte que nos fazia respeitar os espaços, o tempo, entre os estudos, as visitas frequentes, as reuniões de família, as reuniões da Igreja e do Movimento dos Focolares, movimento cristão, com fins humanitários. Nesses anos, pude realizar o sonho de frequentar a universidade. Um verde vale, um tempo de colher e semear. Colher a sabedoria de Neves, Cury, Fernando, Najla, Odete, Dayse… colher a amizade de Miga, Maristela, Aninha, Ivone, Regina, Ana Fargoni… meu DEUS, como o tempo nos foge veloz! Quantas visões de idos tempos! E o verão de 1976 fez da professorinha a respeitada professora de Português, no EEBA (Escola Estadual Bento de Abreu) e Colégio Progresso, ambos em Araraquara; EEPG Pe. Morato, em Matão; EEPSG Dinorá M. Gomes, em Américo Brasiliense; EEPG Antônio Joaquim de Carvalho e EEPSG Pedro José Neto, ambas em Araraquara. Concomitantemente, preparava vestibulandos, com aulas de aprofundamento, nas frentes de Gramática, Literatura, Técnica de Redação e trabalhava com alunos com dificuldades na aprendizagem. Desafios foram sempre minha pedra de toque, minha busca, minha vida. Levei muito a sério o papel de educadora. Informações apenas não saciavam minha sede, nas salas de aula. Por razões que julgo inatas, nunca me contentei com o fato de haver alunos com dificuldades de aprendizagem. Encontrava um jeito de conhecê-los melhor, seja através de redações, seja de reuniões, seja marcando, fora do horário de estudo, um "papo aberto" com certos alunos, seja através dos teatros que fazíamos às sextas-feiras, enfim, procurava por todos os meios tentar perscrutar aquelas almas, famintas de diálogo, de atenção. Muitas vezes eram filhos de pais separados e sentiam-se divididos no afeto. Outras, de pai e mãe trabalhando fora o dia todo. Então, era no colégio que eles exigiam mais atenção, diálogo, afeto… De forma que, nas escolas em que lecionei, fiz muitas famílias, amizades que até hoje perduram e se traduzem em encontros, como o de outubro de 2010, com a turma de 1986 do Colégio Progresso. São almas amigas, almas irmãs, nascidas do ir além das fronteiras da informação, do ir além da professora de Língua Portuguesa, que sempre foi um misto de carinho, respeito e muito rigor, muita exigência. Em 1978, formados e trabalhando, decidimos morar sozinhos, os três irmãos. Havia cursado, no ano de 1977, Especialização em Morfossintaxe da Oração, em Ribeirão Preto, com Amini Buainaim, simplesmente maravilhosa e competente. Em 1978, comecei, como aluna regular, o Mestrado em Línguistica e Língua Portuguesa, UNESP/Araraquara. Devido a uma grave hepatite, que acometeu minha irmã Eliana, tive de trancá-lo, em agosto de 1979, ano em que ingressei como professora efetiva, em Matão/SP, como titular de cargo em Língua Portuguesa, na EEPG Padre Nélson Romão. Sempre confiei no momento presente e procurei vivê-lo em ato, à maneira de Drummond: O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente. (1980, p.108). Os anos escorriam rápidos em meio a tanto trabalho e leituras, que eu buscava nos últimos títulos das frentes em que atuava, especialmente redação, tão exigida nos vestibulares. Sobrava muito pouco tempo para pensar em namorar, passear, bate-papo que não fosse dos assuntos concernentes às áreas trabalhadas.

E a vida continua…

Teste o seu Português:

01 – No deserto, nunca olhe para _______.

a ( ) traz;

b ( ) traiz;

c ( ) trás;

d ( ) trais.

02 – Antigamente, os filhos pediam _________ aos pais.

a ( ) a bença;

b ( ) a bênção;

c ( ) a bensão;

d ( ) a bensa.

03 – Não desligue a TV _________ programa acabar.

a ( ) antes do …

b ( ) antes de o …

04 "_________ e caldo de galinha não fazem mal a ninguém".

a ( ) cautela;

b ( ) caltela;

c ( ) caultela.

05 À hora do almoço, a mãe mandou ______ o nariz.

a ( ) assuar;

b ( ) suar;

c ( ) açoar;

d ( ) assoar.

06 Trata-se de um local ___________, isento de germes.

a ( ) asséptico;

b ( ) acético;

c ( ) ascético;

D ( ) acéptico.

07 É muito triste viver na __________.

a ( ) izolassão;

b ( ) isolassão;

c ( ) izolasão;

d ( ) isolação.

08 Fui a uma loja e comprei duas ___________.

a ( ) amofadas;

b ( ) aumofadas;

c ( ) almofadas.

09 Foi definitivamente _____________ o final da corrida.

a ( ) emocionante;

b ( ) imocionante;

c ( ) emoncionante.

10 Massa alimentícia preparada com batata, farinha, ovos e manteiga, cortada em pequenas rodelas chama-se:

a ( ) nhoqui;

b ( ) nhoque;

c ( ) nhochi;

d ( ) inhoque.

(*) Professora de Português, especializada em Linguística de Texto UNESP de Araraquara/SP, Mestre em Comunicação Social UNESP de Bauru/SP, Doutora em Serviço Social UNESP de Franca/SP e Pesquisadora do GEPEFA Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Famílias. É Jornalista e assina coluna semanal (Teste o seu Português) em diversos jornais em todo o Brasil. Publicações em revistas técnicas na área de ciências humanas. Produtora de televisão do quadro "Teste o seu Português" por 16 anos em algumas TVs nacionais.

Respostas:

Resp 1.: c No deserto, nunca olhe para trás.

Resp 2.: b A forma correta, ortograficamente, é: a bênção.

Resp 3.: b O adequado é: Não desligue a TV antes de o programa acabar.

Resp 4.: a "Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém".

Cautela (= cuidado, prudência).

Resp 5.: d A mãe mandou a criança assoar o nariz.

Resp 6.: a Trata-se de um local asséptico, isento de germes.

Obs.: Acético = azedo Ascético = místico.

Resp 7.: d É muito triste viver na isolação.

Isolação (= isolamento).

Resp 8.: c Fui a uma loja e comprei duas almofadas.

Resp 9.: a Foi definitivamente emocionante o final da corrida.

Emocionante (= impressionante, comovente).

Resp 10.: b Massa alimentícia preparada com batata, farinha, ovos e manteiga, cortada em pequenas rodelas chama-se nhoque.

OBS.: Colunista semanal dos jornais Diário do Grande ABC (SP)~e Jornal de Araraquara (SP), Jornal Independente Dois Córregos (SP), Tribuna do Norte Natal (RN), Jornal de Nova Odessa (SP), Diário da Franca Franca (SP) e Diário de Sorocaba Sorocaba (SP) Jornal de Itatiba Itatiba (SP) O Liberal Regional Araçatuba (SP) Diário da Serra Tangara da Serra (MT) Gazeta Penhense Penha/SP Gazeta do Ipiranga/SP.

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