Supermercados forçam negociação

Vários supermercados em Araraquara anunciam estar aceitando temporariamente pagamentos com cartões de débito automático, enquanto aguardam renegociação que vem sendo conduzida pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Os cartões de débito podem ser utilizados em postos de gasolina, farmácias, restaurantes, hotéis, agências de turismo, lojas e outros estabelecimentos. Ele funcionam como o cheque, em que a despesa cai automaticamente na conta corrente do cliente. A transação é feita através de senha ou assinatura.

O principal motivo apresentado por três grandes redes instaladas na cidade, para a possível suspensão no recebimento de pagamentos com esses cartões, é a taxa de administração de 2,5%.

O Sé Supermercados, por exemplo, havia estabelecido uma data limite em que deixaria de aceitá-los, mas resolveu adiar a suspensão por conta da renegociação. Na semana passada, os clientes mais atentos puderam ver um cartaz avisando que a empresa aguarda o resultado da renegociação entre a Abras e as administradoras de cartão de crédito.

No Champion, o gerente Robson Luis da Silva afirma que as compras com o cartão de débito estão sendo aceitas por tempo indeterminado.

A assessoria de imprensa do Grupo Pão de Açúcar, que responde pelo Extra Hipermercados, informou que “a empresa definiu pelo cancelamento do não recebimento em decorrência da possibilidade de negociação”.

Compatível

Na opinião de Ivo Dall’Acqua Júnior, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (SCVA), as redes de supermercados estão certas em “radicalizar”, assim como fizeram os postos de gasolina. “O dinheiro de plástico é necessário, mas as tarifas precisam ser compatíveis. Ainda é pequena a porcentagem de consumidores que utiliza o cartão, mas foi uma medida de força. Eles forçaram uma renegociação, até porque, de certa forma, quem paga é o consumidor. Duas grandes bandeiras já aceitaram a proposta e vão sentar para negociar com a Abras”.

Unesp ajuda a economizar

A Cesta Básica apresentou um custo total de R$ 188,35 ma primeira semana de março. Esse valor representa um aumento de 0,07% em relação ao preço da última semana de fevereiro.

Os dados são da análise do custo médio da Cesta Básica em Araraquara, feita pelo Núcleo de Conjuntura e Estudos Econômicos da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp.

O maior aumento foi registrado no custo dos produtos de limpeza doméstica, com variação de 0,47%. O reajuste foi ocasionado pelo aumento no preço do sábado em pó e do detergente líqüido. Porém, a maior variação neste item foi negativa, com queda de 3,06% no preço do sabão em barra.

A única redução foi registrada no custo dos produtos de higiene pessoal, com queda de 0,87%. Neste item, apenas o preço do creme dental subiu (1,31%).

As principais variações de preço foram registradas nos produtos de alimentação. O custo desses produtos apresentou um aumento de 0,11%, com destaques para a calabresa (4,41%), a farinha de trigo (3,68%) e a farinha de mandioca (3,09%). Outros não acompanharam o aumento e apresentaram queda de preço significativa, como a batata (-9,77%) e a cebola (-4,04%).

Uma das tabelas apresentada na análise permite que o consumidor compare os preços dos produtos da Cesta Básica em vários supermercados da cidade.

O supermercado Eduvasco, por exemplo, não conseguiu vencer os concorrentes em nenhum item.

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