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SOU TORCEDOR DA MINHA FAMÍLIA

Texto: Wilson Silveira Luiz

O profissional de qualquer segmento é feliz quando é lembrado. Assim é também na vida deste modesto radialista e jornalística, que sou eu, Wilson Silveira Luiz com Z no fim.

Quando menino, acompanhava meu pai Onofre, nas comemorações do "Cimento armado" ou "Galo", como era chamado o Paulista F C, de Araraquara (Tempos do dr. Alonso). A sede ficava na Rua São Bento quase em frente ao antigo Clube Araraquarense.

No final dos anos 50 começaram suas atividades, o time dos Ferroviários da EFA. O campo do chamado Botafogo era no finalzinho da rua zero, onde hoje está o Hospital São Paulo. Meu pai fazia parte. O dr. Antonio Tavares Pereira Lima, nascido em Guaranésia-Minas Gerais, após ter fundado o América em São José do Rio Preto, foi transferido para a sede central da EFA-Estrada de Ferro Araraquara. E veio com aquela "verve" de fundar mais um Clube. E nasceu a AFE, com participação de meu pai. (não consta nenhum registro mas ele era da "turma de sapa", "Pegava no batente, sem aparecer". E surgiu então a minha paixão pela Ferroviária.

Vi o seu primeiro jogo em 13 de maio de 1951, nos 3 a 1 sobre o Mogiana. Vi o primeiro gol grená anotado pelo Fordinho. Assisti a vitória de 6 a 3 sobre o Botafogo, na primeira subida para a Divisão Primeira. E vão por ai afora, as minhas participações. Fui servir o Exército em São Vicente e lá fui representante oficial da AFE. Posteriormente me mudei para São Carlos, onde também fui representante oficial da AFE. E seguindo minhas tendências profissionais, já atuando na Rádio Progresso, recebi o convite para comandar a equipe esportiva da Rádio A Voz da Araraquarense. Que felicidade voltar a minha terra natal e transmitir jogos da minha querida Ferroviária. Descrever todas as emoções que tive, seria impossível, tantas foram as alegrias. Conheci o Brasil e alguns outros países, acompanhando a AFE. Quando passei a transmitir jogos pela Rádio Cultura, senti mais o "peso" da responsabilidade profissional. A Cultura tinha uma potente emissora de frequência tropical em 62 metros que atingia boa parte do mundo. Me senti na obrigação profissional de caprichar cada vez mais. Afinal de contas passei a ser ouvido por palmeirenses, corinthianos, santistas, torcedores da Lusa do Canindé, flamenguistas, vascaínos, gremistas, etc etc etc etc, Incluindo ai o torcedor nº 1 da AFE, o carioca Engenheiro Antonio Carneiro (Bélier).

Tinha a preocupação de gritar os gols no mesmo tom, sendo da AFE ou de outro clube. Graças a Deus despertei o carinho de muita gente incluindo os dois troféus Gandula que recebi no Ginásio da Portuguesa, ao lado dos maiores nomes da crônica esportiva mundial.

Ai então o saudoso "3 em 1" Wagner Bellini em sua festejada coluna AS 15 DO WAGNER, passou a tentar adivinhar para qual clube eu torcia, fora de Araraquara. Um dia ele me chamava de palmeirense, outra vez de corinthiano, de santista e até da lusa. Eu resolvia fazer uma brincadeira e comecei a dizer que eu era torcedor do Jabaquara. E a brincadeira resultou no envio de uma camisa do "Jabuca" pelo considerado Luiz Roberto Butignon, até hoje residente em Santos. E tenho essa camisa guardada com carinho.

Resumindo sou afeano nato e nada mais. Torço para os clubes paulistas em confrontos com os demais clubes de outros estados. Sou torcedor dos clubes brasileiros quando enfrentam equipes de outros países.

Mas uma coisa é certa. Torço para o sucesso dos amigos e companheiros de profissão. Sou temente a DEUS a quem agradeço à formação da melhor equipe da minha vida a da minha família.

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