A nossa dedicada Sarah Coelho Silva traz, nesta edição, a simpatia de uma professora que tem história para contar. Silvia Regina Silva é engenheira civil, formada pela Faculdade de Engenharia Civil de Araraquara, trabalhando, presentemente, como professora de matemática no Colégio Objetivo. O seu primeiro emprego foi como bancária, antes de se formar, no Sudameris. Confira o Raio X de nosso destaque.
JA- Teve alguma influência na escolha da sua profissão?
SRS- Sim, meu pai não queria que eu estudasse fora de Araraquara. Por gostar muito de exatas, resolvi cursar engenharia.
Como é seu relacionamento com os alunos?
Excelente, somos muito amigos. Faço questão disso. Não consigo vê-los com carinha triste e não perguntar o porquê.
Como conduz sua aula?
Sou muito alegre e tranqüila. Claro que às vezes é necessário fechar a cara. Faço o mesmo com minhas aulas.
Qual a sua metodologia?
O aluno que gosta do professor e se relaciona bem com ele não tem “medo” de perguntar e se dedica mais… se empenha melhor. Esse, o caminho.
É importante tal relacionamento na aprendizagem?
Extremamente. Minha disciplina é vista pela maioria como difícil (“chata”). O que seria deles se eu não fosse extrovertida?
Atualmente desenvolve algum projeto?
Sim, faço um curso de Pós-Graduação em Educação Matemática. Meu projeto será voltado para o Laboratório de Matemática.
Defendo a teoria de que brincando, o educando desenvolve um raciocínio lógico e o prazer de poder compreender o Universo da Matemática.
É muito mais prazeroso aprender a tabuada jogando do que ter que sentar e decorá-la.
Como funciona um Laboratório de Matemática?
São aulas práticas efetuadas num espaço fora da sala de aula, com vários tipos de jogos educativos voltados à disciplina e ao conteúdo desenvolvido em sala.
Fazemos aulas periódicas e os alunos sempre querem mais.
Trabalha com que faixa etária?
Pela manhã 5ªs e 6ªs séries do ensino fundamental (11 e 12 anos). À noite 2ªs e 3ªs séries do ensino médio (16 e 17 anos). Mas, sou a mesma Sílvia em ambos os períodos.
Tem preferência pelo ensino médio ou fundamental?
Não, a faixa etária do ensino fundamental vem bem ao encontro de meu Projeto. Me preocupo em trabalhar a formação do aluno. Depois dessa fase, ele próprio vai em busca de informações complementares.
Tem filhos?
Sim, o Enrico com dois anos e meio e cuido do Júnior, meu irmão com 15 anos, pois, somos órfãos de pai e mãe.
Fora do trabalho, fala de matemática?
Só com o Enrico, meu filho. Vivo ensinando a tabuada para ele…
Um sonho…
Sonho com o fim da fome… da miséria… da desigualdade social.
Uma mensagem…
Nunca deixe de amar, amar a tudo e a todos, pois, às vezes, amar é dar aquilo que não podemos e nem temos.