Daniel Munhoz (*)
Muitas pessoas, antes de experimentar a primeira saída lúcida do corpo humano, passam pela condição da catalepsia projetiva. Esse fenômeno é caracterizado pelo enrijecimento dos membros, insensibilidade, respiração lenta e impossibilidade passageira de a consciência mover o corpo humano estando sediada conscientemente dentro dele.
Essa condição é benigna, apesar de gerar medo (por ser desconhecida). É um fenômeno de natureza inofensiva, fazendo parte do funcionamento natural dos corpos ou veículos de manifestação da consciência.
A catalepsia acontece justamente no desencaixe natural dos corpos da consciência, quando se está saindo para uma experiência fora do corpo, ou mesmo voltando de uma experiência extrafísica lúcida. Durante o período de desencaixe ou reencaixe dos corpos, a consciência fica momentâneamente incapacitada de atuar no corpo humano em função de estar sediada em um outro corpo, extrafísico.
Em geral as pessoas questionam sobre os meios de acabar com esta experiência que parece ser, naquele momento, imensamente longa e angustiante. O recomendado é que a pessoa concentre-se apenas em um pequeno movimento ou atividade, ao invés de querer mover todo o corpo humano. Pode-se tentar, por exemplo, apenas respirar profundamente. O ato de respirar é função exclusiva do corpo humano e, com isso, traz a consciência de volta. Outra condição que pode ajudar é a de concentrar-se em fazer um movimento em uma pequena parte do corpo humano, como a ponta de um dedo, em apenas uma das mãos.
Vendo por outro ângulo, pode ser recomendado o aproveitamento da catalepsia projetiva. Aqui a consciência, ao invés de procurar reencaixar seus corpos, procura aumentar o desencaixe incial para uma saída completa e a vivência de experiências extracorpóreas. Aqui pode ser usado o recurso da concentração mental no ato de flutuar para cima, junto ao teto, ou mesmo ultrapassando esta barreira física. Também podem ser usados alvos mentais projetivos, como um ambiente agradável e conhecido, ou um objeto com o qual se tenha muita afinidade e queira visualizar do ponto de vista extrafísico.
A catalepisa projetiva não deve ser confundida com a catalepsia física, estudada na área das psicopatologias. Esse tipo raro, também chamado de “síndrome simuladora da morte”, acontece quando a pessoa se sente incapacitada de movimento e continua percebendo o que fazem à volta de seu corpo humano paralisado. A diferença é que, na catalepsia projetiva, quando se move o corpo humano, ou há algum toque, acontece o reencaixe dos corpos e a consciência passa a comandar novamente o corpo humano.
(*) É jornalista e coordena o Departamento de Estratégias Promocionais do IIPC Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia.