É a hora de a oposição mostrar as suas fichas, além de conseguir que Mário Hokama retirasse sua candidatura, mesmo havendo gravado entrevista que o JA reproduziu afirmando que sua candidatura “era séria e pra valer mesmo”. O julgamento desse aborto político cabe à história.
Um fato inédito: os líderes que encabeçaram o movimento – costurando o acordo que visava escalar apenas um para enfrentar Edinho Silva – chegam à indicação, honrando a palavra empenhada e num bloco monolítico, efetivamente forte: Marcelo Barbieri. O ex-deputado federal nunca escondeu, gostaria muito de disputar a prefeitura caso De Santi desistisse. Isso porque Roberto Massafera havia dado a sua palavra que não poderia sair agora como candidato, mas, colocava-se ao dispor da região de Araraquara para disputar uma cadeira de deputado estadual. Presentemente, uma cadeira vazia como está inserido na coluna Bastidores (pág. 6), vazia em decorrência do direito de um monte de gente ser candidata sem se preocupar com a divisão de votos e conseqüente malefício às pretensões político-administrativas da região.
Se o time opositor gastar sola de sapato, levar a mensagem dosada na realidade, sem fantasias e contextualizada num marketing eficiente, certamente, equilibra o jogo eleitoral. Ainda mais tendo o Walter Miranda (Pstu) com vontade de amealhar votos dos que não gostam do PT. E cada voto desse senhor, diga-se pouco conhecido, na bipolarização (favorecendo ao Marcelo) vai valer 2. Seria o mesmo, favorecendo Edinho, caso Hokama continuasse no jogo.
De um lado, Edinho Silva com o Orçamento Participativo e obras em vários setores, notadamente saúde e educação, podendo fazer surpresa com verba federal em vias de liberação para realizar mais até final de seu mandato. Vice é Sérgio Médici.
De outro, Marcelo Barbieri que sonha em ser prefeito de sua cidade-natal, sendo candidato de uma oposição que permanece unida e até constitui um Conselho de Notáveis para assessorar o agente na esperança de que seja ungido pelas urnas eletrônicas. Vice é Coca Ferraz.
Ambos, sem muito tempo, terão que levar sua mensagem ao povo. Edinho está na frente por motivos óbvios. Uma equipe profissional, para comunicação direta e esclarecedora, é o desafio.
Nos últimos 45 dias eles terão rádio e televisão: ambos são bons na matéria, mas, necessário se torna mensurar se o povo estará motivado para ouvi-los. Como diz o Dr. Galhardo (coluna à pág. 6) pelo menos metade desliga o aparelho.
O clima é gostoso, é democracia no ar. Mesmo com lances de fontes incertas que vão tentar minar os bipolarizados.