Respeito às regras

Com o aumento de verba para o gabinete privilegiado dos deputados federais, de mais assessores parlamentares para Assembléia Legislativa ou Câmara Municipal, os dias passam. O Ministro da Fazenda dá a entender que os juros chegarão a 19% até o final do ano. O mercado acredita, notadamente os que vivem da aplicação do dinheiro.

Retornando aos políticos, não é bonito testemunhar vereadores se colocando na posição de empregadores? Como filhos de Deus querem dar para receber, como disse São Francisco. Assim, alimentam o sagrado desejo de empregar mais irmãos que, nas próximas eleições, poderão ser agentes multiplicadores… de votos. Empregam com o dinheiro do povo, mas, isso é apenas um detalhe. Essa categoria, vai bem. Como sabemos, são do brasil cheio de encantos mil. O outro Brasil – dos desempregados, dos trabalhadores que se fartam de notícias indigestas, famílias que gastam mais para sobreviver e não sabem até quando terão o salário garantido, todos vendo e convivendo com a escassez de mercado – está ansioso e estressado.

E nesse Brasil, na expectativa de mudança, aposentados pelo INSS: digerem informações de que causam rombo nos cofres previdenciários. De imediato, no entanto, são absolvidos desse “crime” porque a ira é canalizada aos servidores públicos. Esses, nem precisam de padrinhos. Sabem que são importantes e têm a maneira certa de pressionar.

O governo já aquiesceu: aposentadoria integral para todos, com algumas pequenas mudanças. É justo…

Mas, senhores políticos, gritem com força e urgentemente: está errado garantir aposentadoria aos prestadores de serviço público, como se na ativa estivesse. Os que estão jogando, isto é, trabalhando dentro dessas regras, tudo bem. Os que adentrarem ao serviço público, a partir de agora, que sejam como os demais celetistas e possam usufruir de ônus e bônus desse sistema.

Ao entrar, o servidor saberá a regra que se aceita, tudo bem. Caso contrário, procure vaga na iniciativa privada.

Aposentadoria deve ser única, no contexto da isonomia entre os trabalhadores. É questão de respeito, de certeza de que estamos num país sério e consequente.

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