Luigi Polezze
As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Araraquara, da Vila Xavier e do Centro, passam por uma série de reformas que têm gerado transtornos tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes.
Sim, a mesma UPA que foram recentemente entregue (04/09) já apresenta problemas graves e foi necessário ajustes imediatos para melhor atender à população, assim como a UPA que deveria ter sido entregue dia 23/09. Relatos de falhas nas obras e escassez de pessoal indicam que os desafios persistem.
UPA da Vila Xavier: problemas no piso
A UPA da Vila Xavier, sob a coordenação de Diana Branquinho, passou por reformas recentemente, mas enfrentou problemas com o piso instalado. “O material, de baixa qualidade, começou a se deteriorar logo após a obra”, relata Diana. A falha foi coberta pela garantia do prédio, e o piso foi substituído. Para evitar a interrupção total dos atendimentos, a coordenadora dividiu a unidade em setores, isolando as áreas em reforma e mantendo o fluxo de pacientes.
Além disso, ajustes foram necessários para corrigir a estrutura original da UPA. Segundo Diana, itens importantes para o conforto dos pacientes e funcionários, como o uso de exofilmes nas janelas para proteção contra o sol e ar-condicionado, foram implementados posteriormente. Estes recursos contribuem para um ambiente mais seguro e confortável, especialmente para os idosos, que compõem a maioria dos pacientes atendidos na unidade, cerca de 299 por dia.
UPA Central: equipe reduzida e obras atrasadas
A situação na UPA Central é igualmente desafiadora, com a equipe enfrentando uma sobrecarga de trabalho. De acordo com uma enfermeira da unidade, o número de profissionais caiu pela metade com a realocação, reduzindo a equipe a apenas quatro funcionários, dos quais dois são atendentes e dois técnicos. Essa equipe limitada foca-se exclusivamente em pediatria, embora a unidade originalmente atendesse também adultos.
As obras na UPA Central, que já deveriam ter sido concluídas e entregues 23/09, continuam sem previsão clara de término. A equipe expressa frustração com as “promessas vazias” em relação à melhoria das condições de trabalho e estrutura. Durante o processo, foram solicitados ambientes para isolamento de pacientes pediátricos com doenças contagiosas e a criação de uma recepção separada para crianças e adultos, mas ainda não há garantias de que esses pedidos serão atendidos.
Desafios para as Equipes e População
Apesar das dificuldades, os profissionais de saúde das UPAs de Araraquara seguem empenhados em oferecer atendimento. Entretanto, as reformas inacabadas revelam uma necessidade urgente de fiscalização e planejamento mais rigorosos para evitar retrabalhos e prejuízos no atendimento.
A reportagem do JA buscou mais informações com a UPA central, mas não obteve sucesso, caso novas informações cheguem manteremos a reportagem atualizada.
