Andréa Nascimento (*)
Um dos maiores desafios que encontramos no nosso cotidiano, principalmente, no convívio com outras pessoas é a manutenção de uma convivência pacífica. Quando interagimos num grupo, seja ele, de família, de trabalho ou de lazer é inevitável à experiência de situações de conflitos.
As crises quando surgem no ambiente em que o grupo de pessoas interage são muitas vezes frutos de desentendimentos, incompreensões e da indisponibilidade a troca de conhecimentos sobre cada um. Observamos diversas posturas ressaltarem no grupo em conflito que podemos conceituá-las de não acolhedoras, são elas: arrogância, autoritarismo, ciúme, competição, falsidade, humilhação, incompreensão, inveja, manipulação, opressão, sabotagem, vitimização e outros.
Essas posturas não acolhedoras podem desencadear uma série de desentendimentos ou conflitos que, consequentemente, atrapalharão a nossa evolução consciencial. Para que possamos crescer por dentro, enquanto pessoas em busca da convivência pacífica em si mesmo e no mundo é que sugerimos o investimento em autoconhecimento como propõe a ciência Conscienciologia. Ao adotarmos o método da autopesquisa conscienciológica, estamos nos colocando no centro das atenções da pesquisa porque estamos com o foco voltado a descobrir aspectos e posturas da nossa personalidade que possam nos ajudar a sair das incompreensões ou mesmo ajudar o grupo no qual convivemos a superar tais crises.
Crescer por dentro rumo à evolução consciencial é opção lúcida e madura de toda consciência (ego, pessoa) que acredita na interação multidimensional também com outros grupos de consciências em diversas dimensões. Para isso é necessário total despojamento e confiança nos Amparadores (consciências extrafísicas, dotadas de maturidade e discernimento), bem como a ampliação do parapsíquismo que poderá ser alcançado com o exercício diário das bioenergias ou M.B.E (Mobilização Básica de Energias), técnica de relaxação psicofísica e da tenepes (tarefa energética assistencial fraterna pessoal e diária).
Com a utilização dessas técnicas vamos aos poucos identificando aspectos imaturos de nossa personalidade, bem como posturas não acolhedoras em nós mesmos que contribuem no desenvolvimento e manutenção de desentendimentos no grupo. Descobrimos que podemos ser o principal responsável por toda confusão ou podemos ter a satisfação de sermos o reconciliador do grupo, ou seja, a consciência capaz de apaziguar os ânimos, de trazer bons resultados ao grupo, de orientar no seu crescimento salutar e tantos outros benefícios.
Nesse sentido, ressaltamos a importância de investirmos e aprofundarmos no autoconhecimento como meio de identificarmos nossas fragilidades e forças quando estamos em interação com outras consciências na multidimensionalidade para que assim, possamos fazer uma assistência com qualidade e significado para todos.
Encontramos diversos problemas que dificulta o processo de reconciliação no grupo e um deles é pautado na superficialidade e no imediatismo. Estas duas condições parecem ser as geradoras da manutenção e surgimento de desentendimentos que culminam, muitas vezes, em situações desastrosas que comprometem as consciências por milhares de vidas na multidimensionalidade. Para sairmos dessa condição de prisão grupocármica, precisamos buscar o aprofundamento nas questões que nos incomodam ou nos agride e planejar as discussões em grupo para tentarmos alcançar uma verdadeira reconciliação grupal. Diante disso, indicamos duas condições que podem ser aliadas no processo de reconciliação, a condição de aprofundamento nas questões e a de planejamento na discussão dessas questões.
Assim, o fato de reconciliar-se consigo mesmo e com o outro passa a ser um processo de reconciliação multidimensional em que a aprendizagem de reconhecer, aceitar e enfrentar nossos próprios erros e acertos são fundamentais a uma convivência pacífica.
(*) É Consciencióloga e Pedagoga, voluntária do INTERCAMPI (andrea.03@ig.com.br)
Mais informações iipc.araraquara@gmail.com.