Questão de saúde pública: Massafera proíbe cama de frango

O projeto evita uma série de doenças e espera a sanção do governador Geraldo Alckmin por questão de defesa da saúde dos consumidores de carne bovina.

Projeto de Massafera tem como objetivo evitar que o gado bovino seja alimentado com a chamada "cama de frango", um subproduto da produção de aves. "Essa prática é completamente inadequada, um risco para a saúde e a economia paulista", adverte Massafera.

A cama de frango, feita de serragem, palha ou casca de grãos como arroz, serve para forrar o chão das granjas. Com o tempo, acumula fezes, penas, restos da ração não aproveitada pelas aves e resíduos químicos como hormônios, antibióticos e pesticidas. Além de transmitir doenças ao consumidor da carne ou do leite provenientes de animais alimentados com a cama de gato, há ainda um risco comercial para a pecuária. A exportação desses produtos pode sofrer barreiras sanitárias em mercados como Estados Unidos e União Européia.

Doença

O gado cuja ração é feita com a cama de frango pode contrair e transmitir doenças como butolismo e encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como o "mal da vaca louca". Embora arriscada, a prática é economicamente atraente. O custo diário per capta do gado alimentado como farelo de milho, por exemplo, é de R$ 3,00, contra R$ 1,00 da ração preparada com a cama de frango.

Justificativa

Deputado Massafera lembra que há uma destinação muito mais saudável para a cama de frango, que é a adubação do solo através de compostagem. "A cama de frango possui vários nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio que melhoram a estrutura do solo". A medida ainda reduziria a dependência agrícola dos fertilizantes importados. Hoje, 60% da matéria-prima usada na fabricação de adubos são importados.

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