O presidente Lula disse que, na cadeia de comercialização de combustíveis, há pessoas que agem como “malandros” para ganhar dinheiro.
Segundo o presidente – que fala como povo e diz o que o povo sente, razão de sua popularidade nacional e respeito internacional, em que pesem alguns escorregões – o preço sobe de imediato quando há reajustes, o que não ocorre quando das reduções.
No final, diz o presidente Lula: “pobre engana pobre porque o dono do posto, que não é nenhuma fortuna, explora o dono do carro que, também, não é nenhuma fortuna”.
Nesta mesma semana, Lula disse que todos nós temos um pouco de louco. E isso é verdade. Quem não cometeu ou foi vítima de um momento de loucura, mesmo em pessoas cultas, de fino trato e altamente consideradas nos meios sociais? Não precisa nem fazer esforço para puxar pela memória. Certamente aflora de imediato e não suscita interrogação, só exclamação. Impressionante!
Quando o presidente fala que escassos, raros descontos demoram, não é verdade? Então, por que alguns fazem charminho e ficam revoltados com o palavreado presidencial?
E não é só nos derivados de petróleo…até em nosso meio (imprensa) a coisa pega e dói, mata idealismo e transforma a concorrência numa guerra. Quando o dólar subiu, galgando degraus com extrema competência, os aumentos foram sendo decretados sem aviso-prévio. E como passar para o comércio essa majoração se alguns segmentos encontram-se quase parando devido à recessão que não pode ser negada?
Os que vivem da e pela imprensa (sem lavagem de dinheiro ou outra motivação nem sempre lícita e salutar), sofrem na carne e cada edição, na maioria das vezes, significa aumento do vermelho. E o juro bancário está custando o olho da cara. Portanto, não tem sido fácil agüentar o roxo dessa missão de informar, com independência.
Mas, vamos retornar à solidão de uma bomba plantada num posto de gasolina: realmente, o presidente tem razão. Como demora para o desconto chegar no tanque do veículo, não é mesmo?
E, com milhares de testemunhas banhadas pelo sol do meio-dia: o pior é que sempre tem alguém querendo levar vantagem…em cima do outro trabalhador.