Equipe da USP e UFG explicou procedimentos para o acompanhamento de 3,5 mil crianças de Araraquara.
Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP), liderados pelo professor Expedito Luna, reuniram-se com diretores das escolas mantidas pela Prefeitura de Araraquara, nesta semana, para explicar como será realizada a pesquisa que pretende mapear e descrever o perfil de pessoas com dengue.
Os pesquisadores acompanharão cerca de 3,5 mil crianças e adolescentes de 2 a 16 anos, examinando-os cada vez que apresentarem febre. O objetivo é identificar a dengue logo no primeiro sintoma que a criança apresentar. Segundo Expedito, a intenção de apresentar o projeto a dirigentes é que as equipes das escolas estejam preparadas para responder questionamentos das famílias.
"Hoje só sabemos como está a dengue devido aos casos notificados, mas sabemos que esta é apenas uma parcela da população que pode ter tido a doença. Por isso, precisamos fazer um acompanhamento mais próximo, para colher o maior número possível de informações e, a partir disso, desenvolver políticas públicas voltadas ao combate da dengue", explicou o professor.
A secretária municipal da Educação, Arary Ferreira, destacou a importância da pesquisa. "Temos satisfação em participar, primeiro porque é uma forma de contribuir para soluções no combate a dengue, e também por saber que a escolha se baseou no baixo índice de casos registrados em Araraquara".
Os trabalhos devem começar já na primeira semana de agosto e terão duração de três anos. Também participaram da reunião os pesquisadores e professores da USP Cláudio Pannuti, Gerusa Figueiredo e Sergio Campos; o diretor do SESA, Walter Figueiredo; coordenadores e gerentes da Secretaria Municipal da Educação.