A Professora Emília Albertini, ex-diretora de escola, foi homenageada recentemente pela Câmara Municipal. Em entrevista ao JA, indicada por Sarah Coelho Silva, ela nós dá um exemplo de vida a cada resposta que nasce de seu imenso cabedal de conhecimento e vivência.
JA- Qual a emoção em ser homenageada pelos vereadores?
Emília- Sei que é uma honra, uma deferência pela qual sou grata, fiquei surpresa e embaraçada.
O que mais lhe emociona?
A falta de caridade que existe com a pobreza no mundo inteiro…
O que mais marcou em sua vida?
A graça que Deus me deu de estar sadia todos esses anos de vida, com o pai e mãe que tive.
O que falta para o ser humano ser feliz?
A presença de Deus em sua vida, falta a fé cristã que o leva à solidariedade com o próximo.
A felicidade é conquistada ou é questão de destino?
A felicidade está dentro de nós, construímos no dia a dia e a sentimos quando nos entregamos nas mãos da Providência Divina.
Como podemos mudar o destino?
Construímos o destino no cumprimento de nosso dever, com atos de amor ao próximo.
Como se sente vendo tantas crianças sem alfabetização?
Sinto-me angustiada por não poder fazer nada em um campo em que me dediquei a vida toda.
Acredita que o computador vai substituir os livros?
Não. Só a leitura de bons livros nos enriquece intelectual, moral e espiritualmente.
Uma receita para a boa qualidade de vida.
A qualidade de vida depende da concepção da vida familiar, da fraternidade e da solidariedade.
A representação da família para o ser humano…
Ela deveria ser tudo para o ser humano, um lugar de encontro entre pais e filhos, onde todos pudessem opinar com respeito e amor. No entanto, não existe mais o diálogo. Cada um só pensa em si, tem seu horário e por essa razão a família está quase desaparecendo. Onde está o amor? Onde está o respeito? Cada pessoa deveria rever o que está acontecendo na sua família. Só assim teremos um Brasil e um mundo melhor.
Mensagem
Não sei se consegui ajudar alguém com essa entrevista, pois esse era o meu objetivo. Agradeço a oportunidade e gostaria de dizer que reclamar que o mundo está ruim, não adianta. Cabe a cada um de nós arregaçar as mangas e descobrir o que pode fazer para melhorar o mundo. Cada pessoa pode e deve colocar a sua pedrinha na reconstrução desde monumento que é o mundo. Se ele será bom ou ruim, só depende de nós.