Alunos descrentes e barulhentos, com vontade de ficar em casa ou mudar de escola…
Professor se acha desvalorizado; carreira sem atrativo; falta condição real para trabalho sério e motivador; alunos não prestam atenção e ficam brincando, gostam de ficar em casa ou pensam até em mudar de escola… tudo pode ser verdade, mas, é inquestionável que muitos professores pararam no tempo, deixaram de planejar aula, usam a sala para transmitir conhecimento nem sempre esperado pelos alunos-consumidores.
O professor, de maneira geral, pouco se importa com a tecnologia de ponta, aparelhos de comunicação rápida e lúdica, o mestre sem reciclagem para atualizar conhecimento e técnica ficam nervosos com a classe barulhenta quando deveriam canalizar essa energia para uma aula participativa e eficiente. No século da rapidez é difícil acompanhar passo de tartaruga, portanto, bem-vindos alunos que não aceitam a condição de soldadinhos de chumbo. É salutar fazer barulho para acordar o mestre que, como dizia a saudosa Silvia Mendes (EEBA), especialista em Metodologia do Ensino, o professor precisa ser um artista no palco e "vender" bem o seu espetáculo. Se o barulho não permite nem falar é atestado eloquente de aula improvisada.
Mudança já para tais professores, a fim de que alunos estejam preparados para ocupar lugar de destaque neste mundo concorridíssimo.
Evasão escolar
Falta de identificação dos jovens com o ambiente escolar está entre os problemas relacionados à evasão dos alunos que hoje gira em torno de 24,3%. Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Essa é a 3ª maior taxa de evasão escolar entre 100 países com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O índice preocupa e cabe ao professor, especialmente de boa vontade, com saberes atualizados e comprometido com o futuro do Brasil, puxar a corda para o lado do educando visando uma formação plena do cidadão no exercício de seu papel social.
Essa é a leitura que se espera do professor caso acredite no seu poder de melhorar o ensino. Algo factível, um pouco além de cumprir obrigação, assinar ponto e receber seu salário. Só a transmissão de conhecimento não basta. Aula é vida. (editor)