Produção industrial só não cresce no Rio Grande do Sul, diz IBGE

JANAINA LAGE

A produção industrial brasileira cresceu em 13 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em maio na comparação com igual mês do ano passado.

A exceção ficou por conta do Rio Grande do Sul, que registrou o quinto resultado negativo consecutivo. Em maio, o Estado apurou queda de 2,4%. No acumulado do ano, todas as regiões, com exceção do Rio Grande do Sul, mostraram crescimento.

Segundo o economista da Coordenação da Indústria do IBGE, André Macedo, o Estado ainda reflete o impacto da mudança de expectativas do empresariado após os problemas climáticos enfrentados no início deste ano. Os setores mais afetados são máquinas e equipamentos e produtos químicos.

Em maio, Amazonas (24,6%), Paraná (13,5%), Ceará (7,2%), São Paulo (6,3%) e Minas Gerais (5,5%) alcançaram taxas de crescimento acima ou igual à da média nacional, de 5,5%.

Os demais locais pesquisados –Pará (4,4%), Santa Catarina (3,5%), Espírito Santo (2,2%), Nordeste (1,9%), Rio de Janeiro (1,5%), Goiás (1,4%), Pernambuco (0,9%) e Bahia (0,4%)– registraram crescimento abaixo da média.

A indústria brasileira intensificou seu ritmo de crescimento no bimestre abril-maio (5,9%) em comparação aos três primeiros meses do ano, quando a expansão foi de 3,8% em relação a igual período do ano anterior. O mesmo movimento pode ser verificado em nove dos 14 locais pesquisados. O Amazonas passou de uma taxa de expansão de 14% no primeiro trimestre para 23,4% no bimestre abril-maio. Goiás apresentou comportamento semelhante e passou de 3,8% para 9,3%.

De acordo com Macedo, o perfil dos locais que aceleraram o ritmo de crescimento neste período está relacionado a exportações ou à produção de bens de consumo duráveis.

No acumulado do ano, Amazonas lidera a expansão da indústria em termos percentuais, com uma taxa de 18,1%. O crescimento está sendo motivado por material eletrônico e equipamentos de comunicações, com destaque para a produção de telefones celulares e de televisores.

A indústria automotiva alavancou no acumulado do ano o desempenho das indústrias de Santa Catarina (7,3%), Minas Gerais (7,2%) e Paraná (6,5%). O IBGE destaca que o aumento na produção de bens duráveis (automóveis e eletrodomésticos) tem se beneficiado do desempenho favorável das exportações e da manutenção das ofertas de crédito no mercado interno.

A indústria paulista acumula taxa de expansão de 5,8% no ano com destaque para a indústria farmacêutica (26,1%), para máquinas e equipamentos (12,7%) e para edição e impressão (17%). Os acréscimos em medicamentos, aparelhos elevadores ou transportadores de mercadorias, rolamentos, revistas e impressos foram os mais importantes para o desempenho destes segmentos.

Apesar disso, três atividades pressionaram negativamente o desempenho: material eletrônico e equipamentos de comunicações (-9,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-4,6%) e têxtil (-4,7%).

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