Fernando Passos, da Uniara, participa de congresso na capital.
O chefe do Departamento de Ciências Jurídicas e coordenador do curso de Direito da Universidade de Araraquara – Uniara, Fernando Passos, participou do congresso "Reforma da Previdência: Aspectos positivos e desafios", promovido pela Academia Internacional de Direito e Economia AIDE, na capital.
“Foi um dos principais simpósios sobre o tema, contou com economistas e grandes juristas do país. Fui convidado para debater as propostas de alteração, em mesa presidida pelo presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas APLJ, Ruy Martins Altenfelder, cujo palestrante era o economista Hélio Zylberstajn. O professor Adilson Abreu Dallari também foi debatedor. Participei também de outras palestras e troquei ideias com ministros", relata o Dr. Fernando Passos.
É importante resolver o problema da idade para aposentadoria.
Na percepção do coordenador, "é preciso aumentar a idade visto que não dá mais para se aposentar aos 50 anos, principalmente trabalhadores do serviço público. É impossível, com salários integrais. É preciso fazer o cálculo de quanto você contribui para a previdência e quanto conseguirá fazer de pagamento, e isso indica a idade de 65 anos. Há também outra questão: estamos protegendo a mulher e sua importância na sociedade, em relação à idade menor. No entanto, ela vive dez anos a mais do que o homem, no Brasil e, embora estejamos fazendo essa deferência, isso também ajuda a aprofundar o déficit. Acaba sendo um drama atrás do outro", diz.
SOLUÇÃO
Passos aponta aumento da idade para 62 ou 65. "O ideal seria 65 os dois (mulher tem uma vida alicerçada em se aposentar um pouco mais cedo, mas como ela tem direto à pensão do marido, com a tendência de mulher viver 10 anos a mais em média, é como viúvas acabam recebendo antes a aposentadoria e, ainda, a pensão do marido. Assim, as regras de pensão, que são muito boas, também sofrerão alterações, pois não por que receber a integral, havendo uma pessoa a menos na casa. Isso está bem feito, e agora, acredito que vai passar. É preciso pensar no Brasil com amor, e não com interesse corporativo. Essa é a ideia", reflete o docente.