Prevenção para 2022 é estratégia adotada no combate a queimadas

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O encaminhamento é fruto de audiência pública realizada na Câmara

Com a época da estiagem, vários incêndios atingiram áreas, rural e urbana, em Araraquara. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, o número de ocorrências de incêndios no mês de julho deste ano dobrou em relação aos casos registrados no mesmo período do ano passado. Nesse sentido, a Câmara de Araraquara promoveu, na sexta-feira (27), a Audiência Pública “Medidas de prevenção e combate a incêndios em Araraquara”. O debate foi solicitado pelos vereadores Luna Meyer (PDT) e Marcos Garrido (Patriota), ambos integrantes da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Urbano Ambiental, e contou com a presença de especialistas da área e dos parlamentares João Clemente (PSDB), Lucas Grecco (PSL) e Rafael de Angeli (PSDB).
Luna reforçou que as queimadas, além de causarem destruição da flora e fauna do local atingido, comprometem a fertilidade do solo e causam poluição do ar, prejudicando a saúde de todos. “A gente não pode mais ficar de braços cruzados enquanto nossa cidade arde em chamas. O objetivo da audiência é dar dimensão do problema e traçar planos efetivos para a nossa morada do sol”, explicou a vereadora.
Para o Comandante do Posto de Bombeiros de Araraquara, Tenente Rissato, 2021 é o pior ano nos últimos cinco, no que diz respeito ao número de incêndios. Porém, ainda que tenha havido aumento significativo da demanda, a corporação mantém o efetivo e o número de viaturas. Segundo Rissato, a estratégia é o planejamento para os próximos períodos de seca (abril a setembro), bem como a educação da população, uma vez que a maioria dos incêndios são criminosos. “Depois que o fogo se alastra, o combate é difícil. Acredito que precisamos ter uma mudança de comportamento da população. Hoje, contamos com um bombeiro educador, que trabalha nas escolas e com voluntários nas empresas”. Para Clemente, o caminho também começa pela prevenção: “Nós fazemos um chamamento da responsabilidade do Executivo, do trabalho conjunto e de uma mudança de raciocínio para que possamos valorizar a prevenção e depois falarmos de fiscalização e multas”.
Garrido chamou a atenção para a infraestrutura disponível para o combate ao fogo, principalmente o número de hidrantes. “De 246, 137 estão inoperantes. Podemos pensar em um projeto aqui na Câmara para obrigar o município, não apenas nesta gestão, mas sempre, a cumprir um número mínimo de hidrantes e a ter equipamentos, como drones, que ajudem no combate aos incêndios”, argumentou.
O Secretário de Meio Ambiente, José Carlos Porsani, reforçou a importância de, ao menos 80% dos hidrantes funcionando e defendeu a colocação do terminal hídrico nos parques do Basalto e Pinheirinho. A presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), Ana Carolina Marcondelli, defendeu também a instalação de mais câmeras na cidade, para localizar os culpados. (Comunicação Social – Câmara Municipal de Araraquara)

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