Os trabalhadores, de vários estados do país, vêm sabendo que vão ganhar salário, consulta médica, remédio e toda assistência social. Para eles, Américo é o mapa da mina.
Se Américo Brasiliense é a salvação para centenas de famílias que aproveitam a infra-estrutura da cidade, a vinda desse grupo profissional para o corte de cana na Usina Santa Cruz, em mais uma safra, onera os cofres públicos. E toda a população é obrigada a pagar a conta ou ficar sem serviços de manutenção por falta de caixa. “Isso não é justo e o patrão, no caso a Usina Santa Cruz, tem que participar de maneira mais efetiva”, comenta um ex-vereador que pediu para não identificá-lo. O J.A. atende-o porque o problema é visível, inquestionável. A Usina Santa Cruz é excelente para a harmonia social de Américo, mas, não pode causar um rombo dessa natureza. Certamente a sua diretoria estudará uma solução que seja boa para seus trabalhadores e para a cidade como um todo.
Saúde custa
muito caro
Considerando que, em passado recente, houve um depoimento importante da coordenadoria do Hospital de Américo “sobre a vinda de muitos trabalhadores que desequilibram a saúde financeira da unidade”, a reportagem procurou a prefeita Neusa Dótoli para saber como está a fluxo de caixa.
Um susto, logo de cara: no ano passado, cerca de 32% da arrecadação (impostos, taxas, ICMS e Fundo de Participação dos Municípios) foram destinados à saúde. Não que a população não mereça (incluindo os trabalhadores da Usina Santa Cruz que se renovam em quase todas as safras de cana), mas, esse montante causa problema para outros setores da administração. E todos sabemos, sem dinheiro a máquina patina.
Fatias
do bolo
A saúde, como vimos, leva 32%. A folha de pagamento mais 48%. A educação, por norma constitucional, 25% (embora exista verba decorrente de convênio federal e estadual), e os vereadores com 6% (devolvem verba a cada ano). Vale dizer, resta pouco, muito pouco para investimento e, por isso, a esperança da chefia do Executivo “reside na posse do deputado Roberto Massafera para assinatura de convênios visando atender a demanda de nossa gente”, diz Neusa Dótoli.
Péssimo
negócio
Do jeito que se encontra o orçamento público, é difícil administrar uma cidade. Qualquer que seja o município. O dinheiro é destinado diretamente para determinado fim e no contexto da LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal, tudo fica gessado.
É certo que a prefeita Neusa pretende realizar muito, mas, o problema está na escassez de recursos. Uma situação que não é privilégio de Américo, a maioria dos municípios brasileiros vive o mesmo dilema.
Cuidar das
famílias
A prefeita Neusa afirma que é fundamental cuidar da qualidade de vida dos amerilienses. Por isso, o convênio assinado com o Ministério da Saúde para o serviço de prevenção à saúde da família (no São José I e II e também moradores do Santa Terezinha), é o melhor caminho. “Temos que agradecer esse convênio ao deputado federal Lobbe Neto”, diz a prefeita que deseja realizar muitas obras e por isso continua atrás de dinheiro.