Executivo assume erro, aliás, diz que os assessores erraram e tenta retirar a competência do Condephaat afirmando que agora já foi comunicado. Mas, obra no entorno tombado não exige aprovação?
Texto: Geraldo Polezze
Foi excelente a manifestação popular, na Biblioteca Municipal. Deu um banho de vitalidade na democracia representativa, embora reverberada pelo sr. prefeito. Foi o pronunciamento de uma comunidade que não aceita o acúmulo de pó na relação com seus representantes e comissionados, pagos com bons salários. Notória, até acaciana a idéia de confronto devido à queima de etapas na comunicação. Tanto que o sr. Edinho Silva mandou a advogada Márcia Lia, de bons recursos de oratória e domínio de auditório, para o “enfrentamento”. É certo porém que suas mãos tremeram e a boca restou ressecada em decorrência dos pronunciamentos e apartes de uma platéia ávida por defender seu ponto de vista. É que essas pessoas estavam feridas em seu direito de participar tempestivamente. A reunião teve momento de tensão, é verdade. Algumas vaias como reação à decisão despótica arquitetada em gabinetes intransponíveis. Sem a preocupação de ouvir de antemão os maiores interessados: os moradores da rua e do entorno de obras tombadas.
Lamentável é acompanhar uma administração – originada por embates sociais e ventos democráticos -, enfiar goela abaixo uma decisão de quatro paredes. Leia o discurso do prefeito Edinho (ao lado), e depois o contraponto do J.A. (página 2). Dentre muitos, destacamos alguns oradores:
Chico Santoro
Defendeu o bulevar até a Djalma Dutra, sem asfalto.
Maria do Rosário indagou se adiantava fazer sugestão.
Ivo Dall’Acqua Jr: a cidade não aguenta outro bulevar.
Vereador Chediek: o cidadão está sendo desrespeitado.
Pedro Tedde: foi perguntado se o povo queria esta obra?
Massafera: a lei deve ser respeitada e a rua preservada.
As reivindicações dos moradores passam por tudo o que a prefeitura quer fazer, menos as baias, bancos, bebedouros e alargamento das calçadas. Defende-se também a fiação elétrica em canaleta para evitar que as árvores sejam podadas como se palmeiras fossem. (Observação do presidente do Sincomércio, Ivo Dall’Acqua).