Não no sentido econômico, fazer por conta pagamento. Mas, no de saber fazer, com competência e eficiência máxima para atingir os objetivos colimados pelo grupo, além das cores partidárias, ampliando o círculo para o interesse da região. Isso é o que Araraquara fez, no último sábado, em Nova Europa vestindo a camisa da região. Enquanto as “figurinhas carimbadas” do PSDB desfilavam à frente do microfone para um público essencialmente do partido (vale dizer: sem nenhum resultado prático porque os simpatizantes já tinham carteirinha assinada em cima do bico do tucano), o Gaeta, Coca e Roberto Massafera gastaram a palavra em muitas conversas e fechamento de apoio à candidatura de deputado estadual. Isso é para valer, tem sentido e merece respeito. Assim, certamente a região vai ocupar a cadeira vazia no Palácio 9 de Julho. Massafera é a esperança, num olhar dentro da realidade eleitoral. No salão social, o público acompanhava os discursos longos e cansativos que ganharam as palmas do auditório-correligionário.
Os partidos da região de Araraquara, todos usando o direito legal de votar e ser votado, estão apresentando um sem número de candidatos. Não seremos tão ousados ou inocentes a ponto de defender que os líderes das agremiações políticas e candidatos (a maioria notoriamente sem cacife para chegar à vitória), tenham elevado espírito público, tranqüilidade e objetividade para reconhecer que o número elevado de candidatos, como das vezes anteriores, servirá apenas para dividir o eleitorado e prejudicar o sonho de o povo ganhar um deputado para defender os interesses coletivos. Claro que não chegaríamos a isso, mas, seria ótimo para o currículo de cada agente político se fosse possível inserir: para não dividir, deixamos de ser candidatos em 2006. A região de Araraquara saberá agradecer e, para ninguém ignorar o que a história lhes reserva: mirem-se nos candidatos que só dividiram. Com raras exceções, eles são quase nada, em termos de representatividade popular.
