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Planeta com educação

Benedicto Ismael Camargo Dutra (*)

Em nosso planeta tão densamente povoado e com tantas riquezas observamos que os recursos naturais estão sendo consumidos em ritmo bem superior à capacidade da sua reposição. Para que a devastação não continue em escala acelerada e preocupante é necessário que as nações disponham de populações conscientes e preparadas para lidar com essa realidade. Em outras palavras, a vida requer seres humanos pensantes dotados de bom senso, e é nesse sentido que a educação assume um papel primordial.

Atualmente são poucas as famílias que contribuem efetivamente para a boa formação das crianças. Estudo divulgado pelo IBGE mostra a dura e vergonhosa situação da educação no Brasil. Estamos com 2,4 milhões de crianças analfabetas na faixa de 7 a 14 anos que freqüentam a escola pública e não aprenderam sequer a ler corretamente. Lamentavelmente são crianças sem a menor familiaridade com as letras.

Em tempos não muito distantes o cenário era bem distinto. Os jovens, na mais tenra idade, ingressavam na escola já conhecendo as letras e os rudimentos da escrita que haviam aprendido com os pais. Através da leitura de histórias, os pais estimulavam a imaginação de seus filhos, e estes, com sua curiosidade inata, aprendiam de forma lúdica e se encantavam com a magia das letras e dos números.

Essa prática infelizmente é cada vez mais rara no seio das famílias. E sem estímulo e o adequado preparo, as crianças não terão chance de obter melhores condições de vida, podendo permanecer na pobreza e no subemprego, ou mesmo se desviarem para atividades alternativas marginais.

O futuro da humanidade está intimamente ligado ao desenvolvimento das novas gerações. Pais preparados precisam estar mais presentes e dar aos filhos uma boa formação moral e espiritual. A escola também deve ser melhorada para que consiga despertar nas crianças e jovens a vontade de ampliar conhecimentos e, com isso, contribuir para torná-las pessoas responsáveis e valorosas, aptas a organizar a própria vida. São fatores essenciais que promovem o progresso real.

A gravidade da questão é que as crianças estão perdendo a curiosidade natural para aprender coisas novas. A convivência com pais e mestres está sendo substituída por intermináveis horas passivas diante da TV. Assim dificilmente conseguirão adquirir o preparo tão necessário para enfrentar os grandes problemas que já se fazem presentes na vida. Dessa forma, no futuro imediato, teremos adultos que não estarão aptos a contribuir para o fortalecimento econômico e social do país, e muito menos para enfrentar os tempos difíceis das crises financeiras e ambientais que já estão batendo à nossa porta.

(*) É graduado pela Faculdade de Economia da USP, articulista-colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida.

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