Pesquisadores negros

Washington Lúcio Andrade, assessor da AEPIR (Assessoria Especial de Promoção da Igualdade Racial) da Prefeitura Municipal, e o professor Dagoberto José Fonseca, coordenador do NUPE (Núcleo Negro de Pesquisa e Extensão – Unesp) participaram na última semana do IV Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (COPENE), em Salvador (Bahia), com tema: O Brasil negro e suas africanidades, produção e transmissão de conhecimentos.

Fundamentou-se na necessidade de prosseguir as reflexões sobre a temática étnico-racial realizadas nos congressos anteriores, tendo em vista a apresentação de proposições pertinentes às problemáticas que afetam a vida da população negra no país.

O Congresso trouxe à tona problemáticas da realidade da população negra na sociedade brasileira, assim como as reconstruções diaspóricas, de sua ancestralidade e resistência. A disseminação desses conhecimentos e informações, o debate e reflexão de tais questões, a busca de alternativas que forneçam eqüidade à sociedade brasileira, entre elas as políticas afirmativas, fizeram parte da congregação de intelectuais, pesquisadores e militantes que se reuniram nesse congresso. As reflexões concentraram-se, principalmente, nas áreas de educação, saúde, história, sociologia, antropologia e abrangeram também, temas referentes à Ciência e Tecnologia.

A relevância político-social e acadêmica do evento reside no fato de oportunizar o debate e aprofundamento de questões relacionadas à África, Brasil e as africanidades na diáspora, através das produções de reconhecidos intelectuais de diversas áreas do saber e de outros estudiosos que vêm se destacando na contemporaneidade.

Vale sublinhar que o IV COPENE aconteceu em um momento propício às discussões que envolvem negros e negras, como:

a) As Ações Afirmativas, que demandam muitas reflexões, devido às polêmicas geradas em torno delas por parte de vários segmentos da sociedade;

b) A aprovação da Lei 10.639/03 e da Resolução CNE/CP 01/2004 que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira em todos os níveis e estabelecimentos de ensino;

c) A luta pela aprovação no Congresso Nacional do Estatuto da Igualdade Racial, entre outras questões correlatas às relações étnico-raciais ainda passíveis de reflexões e ações por parte dos governantes e da sociedade em geral.

Washington assegurou que a participação da cidade no Congresso foi muito bem vista, já que Araraquara consegue reunir em um único espaço – no Centro de Referência Afro – iniciativas da Prefeitura Municipal, comunidade e universidade (Unesp). “Isso não tem no Brasil. Araraquara é especial neste sentido”, afirmou, (Assessor de imprensa).

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