É pecado viver mais que 60 anos

G. Polezze (*)

O presidente Lula assinou e mostrou aos interlocutores, inclusive ao seu Ministro da Saúde que assinou e está promulgada a Lei que trata do Estatuto dos Idosos. Aquele que dispõe sobre o respeito aos operários da história brasileira. A assinatura, justa e festiva, deu-se no dia nacional dos velhinhos. Efetivamente, os jovens não devem se esquecer: só não chega à velhice quem morre antes. Assim, 70 ou 80 anos são uma marca natural. E quanto mais a gente se aproxima dela achamo-la mais natural. Agora, se todos poderão chegar à idade feliz, por que cobrar pedágio dos que não morreram? Se vivemos em sociedade, é justo que os serviços disponibilizados sejam rateados por todos: em partes iguais. Um pagamento social. Por que cobrar 50 do jovem e 500 do idoso? Onde anda o valor social da macrofamília? Que ninguém seja, pois, acusado de viver mais que o esperado e, portanto, tenha que pagar por esse “crime”.

Os planos de saúde, dessa forma legal, não podem cobrar mais de quem chegou aos 60 (cobrava antes da lei cerca de 60% a mais) ou aos 70 anos (aumento da mensalidade em 90%). Ora, uma incoerência praticada contra os chamados idosos (que nominho safadinho, não é não?).

Se no início de 1900 a existência era constituída de 32 anos e se terminamos o século na casa dos 68 aninhos, por que punir os que trabalharam pelo aumento da qualidade de vida?

O presidente Lula fincou o pé e o auditório aplaudiu. Como disse o presidente: “agora já era. Quem quiser modificar que comece pelo Congresso Nacional”.

Os idosos agradecem e os jovens também, pois, afinal aprendem uma lição: os velhos merecem mais respeito. Eles serão os velhos de amanhã, caro, se não morrerem antes…

(*) É jornalista-editor.

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