Nanci Ap. Monteiro da Silva é indicada pela colaboradora do JA, Sarah Coelho, a fim de mostrar uma vida intensa e de enorme componente espiritual. Realiza-se trabalhando com crianças. Só que não acredita que o homem pode ser um amigo leal. Quer mais? Então leia a resposta de nossa focalizada.
JA – Como foi a sua trajetória no trabalho?
NAMS – Meu primeiro trabalho foi como assistente de contador em uma rede de farmácia, já extinta, em nossa cidade. Naquela época eu tinha apenas 19 anos.
Hoje, na Prefeitura, você atua…
Na área da Secretaria de Finanças – Contabilidade.
Na prefeitura, esteve em outra área?
Sim, de 1987 até 1996 trabalhei na Biblioteca Infantil “Monteiro Lobato”.
Comente sobre essa experiência.
É muito gratificante trabalhar com crianças. Elas acabam nos ensinando sempre alguma coisa da vida. No mundo de sonhos em que elas vivem não existe maldade.
Trabalhar, com muitos amigos, dá retorno?
Na realidade nem todos podem ser considerados amigos; mas aqueles com quem temos afinidades, o retorno se dá de maneira agradável e espontânea.
Você acredita na amizade?
Na verdadeira amizade sim. Aquela que conquistamos com o tempo, aquela que se torna recíproca entre as pessoas, onde o amigo chora, sorri, repreende mostrando o certo e errado.
Os homens são amigos fiéis?
Não. A maioria tem um déficit de amizade, seus balancetes são vazios quando se trata de verdadeiros amigos. Eles não sabem como fazer nascer um amigo, tampouco ser um.
Embora aconteça isso, tenho uma pessoa do sexo oposto que em matéria de “Amigo fiel” é 100% (considero-o muito).
Sua disciplina é porque é filha de militar?
Não, meu pai nunca me tratou como um soldado. Ele apenas tinha ciúmes muito grande por ser a única filha mulher. De alguma maneira ele e meus dois irmãos queriam me proteger de tudo. Sempre conversei muito com meu pai, e hoje depois de 9 anos longe (faleceu) sinto sua presença ao meu lado.
Acha que o desemprego levar uma pessoa a beber?
Isso é relativo, na hora do desespero as pessoas (nem todas é claro), acabam se desequilibrando emocionalmente e sujeitam-se a muitas coisas. Cada um encara o desemprego a seu modo: bebendo ou indo em frente encarando a realidade.
Se no futebol tivesse “Poesia e Música” haveria menos estragos causados por brigas de torcidas?
Creio que não, as brigas em estádios são atos de seres inconseqüentes. Esporte não é droga. Pode e deve existir time rival. Isso é sadio e esportivo. Não pode é deixar que isso se transforme em guerra. O Goool é sempre poesia e música aos torcedores.
Você gosta de ler?
Sim, isso devo muito ao meu pai que sempre me falou de bons livros, mostrando o outro lado da literatura. A viagem da leitura através dos livros.
Cite um que marcou sua vida.
Um livro que marcou minha vida foi “O Pequeno Príncipe” e um que não dispenso que o considero de cabeceira é o “Evangelho segundo Espiritismo”.
O que é a família?
A família é o alicerce em nossa vida. Uma família bem constituída e unida com certeza encara as dificuldades do mundo de hoje de maneira mais tranqüila possível. Mas, se o laço desata tudo ao redor desmorona também.
Deus está presente em sua vida?
Sim. Embora não freqüente a igreja por ser espírita, acredito que Deus é um só e igual para todas as religiões. Deus está no coração e nas atitudes do que fazemos ao próximo. Deus está presente em tudo que olhamos.
Você tem ideal político?
Não sou fanática por política. Fico na retaguarda observando e analisando o que acontece para que, na hora de decidir, possa ter opinião própria.
Uma mensagem.
“Todos os nossos sonhos podem tornar-se realidade se tivermos a coragem de perseguí-los”.
” Para ser feliz é preciso ter coragem”.
“Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação”.
