Prof. Giovani Henrique Peroni
Os fatores que interferem na associação da “máquina humana” a outras máquinas, são elementos que podem estar ligados a cultura, a regionalidade, a posição social, e a uma infinidade de aspectos. Esses fatores são a cultura, a vaidade, o profissionalismo, o lazer, os hábitos, as características, a atividade física, trabalho doméstico e a condução da resolução das dificuldades.
a) a cultura: durante a movimentação de cargas alguns homens querem demonstrar força maior do que realmente possuem, desrespeitando os limites biomecânicos;
b) a vaidade: as mulheres gostam de roupas que modelem o corpo e quando os tecidos são finos limitam os movimentos;
c) o profissionalismo: algumas profissões exigem vestimentas próprias, como os sapatos altos e uniformes incômodos;
d) o lazer: os finais semana podem ser mais cansativos que a semana de trabalho se procurarmos atividades de real descanso;
e) os hábitos: dormir e assistir televisão podem gerar dores fortes na coluna, promovendo alterações diversas;
f) as características; o modo de dirigir, seja nas posturas, seja nas atitudes adotadas no trânsito;
g) a atividade física: o atleta de final de semana coloca em risco seu sistema cardiovascular, além de ser um freqüentador assíduo do Setor Médico das empresas às segundas feiras.
h) o trabalho doméstico: o modo de varrer, as posturas adotadas na lavagem de roupas e no cozinhar podem ser complicadores sérios;
i) as dificuldades: existem momentos na vida em que o estresse é inevitável, em virtude das “guinadas” inesperadas ou mesmo antes da tomada de decisões importantes.
A ergonomia está baseada em quatro elementos: máquina, ambiente, processo de trabalho e homem. Este último tem recebido pouca atenção, relativamente, porque o mobiliário e os equipamentos têm recebido mais ênfase.
Contudo, influências negativas no relacionamento homem-máquina são facilmente visualizadas. A educação em atividades preventivas evita que o trabalhador adote posturas viciosas enquanto utiliza o seu equipamento.
É fácil definir um mobiliário como ergo-nômico ou não ergonômico apesar da pouca atenção destinada ao comportamento antiergonômico. Este fato dificulta qualquer intervenção de ações de melhorias ergonômicas, significando que, apenas, a mudança de mobília, a aquisição de máquinas e a reorganização de trabalho serão suficientes para prevenir os distúrbios osteomusculares.
Nesta oportunidade sugerimos novamente a você para que avalie os aspectos relacionados à rotina da sua vida, pois, algumas respostas serão encontradas inseridas nos fatores de interferência da sua “máquina humana.”
Prof. Esp. Giovani Henrique Peroni CREF SP: 2312
Biomecanicista Ocupacional e Ergonomista
Consultor Ergonômico da Ambioergo.
E-m@il: ambioergo@terra.com.br