A empresária Rosa Maria Curvello, do ramo das flores, também tece comentário elogioso a recente editorial do J.A. envolvendo pessoas bombardeadas quando de uma investida municipal. Os dados negativos envolvendo a administração da Santa Casa ganharam mais tinta vermelha e um grupo de pessoas foi jogado na jaula. Houve falta de pagamento ao INSS (jamais dinheiro descontado dos trabalhadores e colocado no bolso dessas pessoas que deram muito de sua vida à instituição centenária que tem a responsabilidade de cuidar dos sem plano de saúde. E também dos clientes do Plano Santa Casa que infelizmente sofreu demais com o ato precipitado da administração municipal).
Pois é, essas pessoas que sabemos honestas, leais, cumpridoras de seu dever com a família e sociedade ainda se dedicam ao hospital. Fazem a doação do seu tempo que efetivamente vale mais que qualquer quantia para desencargo de consciência, só que estão sendo processadas e lamentavelmente pouca gente se ergue para a devida solidariedade.
Muitas entidades deveriam se manifestar a favor desse grupo, mas preferem se silenciar para não arrumar problemas pessoais. Isso não é uma postura justa, perfeita, cidadã e cristã. Não é hora de omissão e diante de uma dúvida semeada espera-se o contraponto para arquivamento dos autos. Mas, se não for possível a extinção do processo que haja o calor humano a banhar os que sofrem uma pressão emocional na família, junto aos amigos e com a indisponibilidade de seus bens. Nesta hora, valem o carinho, a generosidade, a fraternidade. Isso não custa nada e o J.A. disponibiliza espaço para tais manifestações de apoio moral.
Mas, diante do constrangimento a um grupo, seria o caso de se perguntar a qualquer autoridade: diante de um hospital deficitário, com procedimentos pagos abaixo do custo, com o pouco arrecadado se aproveitaria para pagar os trabalhadores (provedores de suas respectivas famílias) ou se pagaria o INSS? Então, não dá para se falar em apropriação indébita.