João Baptista Galhardo
Não sei se os contos dos irmãos Grimm de duzentos anos atrás, foram escritos para adultos ou para crianças. Há temas fortes, como a história do Chapeuzinho Vermelho, onde o lobo come a velha e a menina. Essas histórias são contadas em todos os idiomas e por todas as raças. D. Farida chamou sua filhinha, a Nazira, adolescente, muito feia, nariguda, sem namorado, a quem disse: “Nassira vai levar pro fofó esses quibes, esfihas e tabule. Ela esta muito doente. Vá depressa. Volte com o dia ainda claro”. Nazira colocou seu walkman para ouvir as músicas de Kaled, pondo por cima o seu chapeuzinho vermelho e foi toda contente levar comida para vovó. No caminho foi indagada pelo lobo:
– Aonde vai?
– Vou levar comida pro fofó que mora lá no morro perto do pé de nozes. – Para que tanta pressa? Aproveite a paisagem. Colha algumas flores para ela.
A menina imprudentemente entrou na do lobo. Ficou apreciando o bosque. O lobo foi na frente, comeu a vovozinha, tomando o seu lugar na cama. Quando Chapeuzinho chegou, bateu na porta. – Quem bate? Disse o lobo, camuflado de vovó.
– Sou eu fofó, seu netinha. O Chapeuzinho Vermelho.
– Entra a porta está aberta.
A menina entrou e começou a fazer as velhas perguntas:
– Fofó, para que esses olhos tão grandes? “É para te ver melhor”.
– Para que essas orelhas tão grandes? “É para te ouvir melhor”.
– Para que esse nariz enorme?
O lobo já com o saco cheio das perguntas de sempre, respondeu: “Nariz grande é? Olha só quem está falando!
O resto da História todo mundo está cansado de saber.
Faruk e Sarah foram ao consultório de um renomado terapeuta sexual, sendo prontamente por ele atendidos. Pois não, em que posso ajudá-los?
– Doutor, nós gostaríamos que o senhor nos observasse fazendo amor. “Fiquem à vontade”, disse o médico. Faruk e Sarah começaram a fazer sexo num amplo divã e o doutor ficou todo tempo observando por um vidro, sem notar nada de anormal no que via. Após uma hora o casal finalizou a relação, vestiram-se, pagaram a consulta e foram embora. E durante várias semanas tudo se repetiu exatamente como na primeira vez e sempre o doutor não percebia nada de anormal na forma como aquele casal se relacionava. Na saída da décima consulta, o doutor perguntou:
– Desculpem-me a pergunta, mas o que vocês estão tentando descobrir?
– Como assim, doutor?
– Há mais de dois meses vocês freqüentam o meu consultório e fazem amor como pessoas normais e eu não consigo notar nada que mereça a minha atenção. Por isso repergunto: o que estão querendo descobrir?
– Nada de especial, doutor. Vou lhe explicar. Sou um homem casado, por isso não podemos ir a minha casa. Ela também é casada, logo não podemos ir também na casa dela. Hotel e Motel estão muito caros. Por isso resolvemos usar o seu consultório que cobra cinqüenta reais por consulta e ainda o nosso Plano de Saúde reembolso o que gastamos!!
O senhor Jacó levou o Jacozinho num parque da cidade, onde uma das atrações era passear de avião de dois lugares para passageiros. Jacó perguntou pelo custo.
– Cinqüenta reais por pessoa. “Muito cara”, falou Jacó mão de vaca. Jacozinho começou a chorar. O piloto comovido pelo choro disse:
– Bem, como está achando caro e seu filho quer ir, vamos fazer um trato. Eu levo. Se o senhor não ficar com medo, nem gritar, faço de graça. Mas se gritar ou der um suspiro, você me paga o passeio. Combinado?
– Vamos Jacozinho. Sobe. Rapaz inteligente, sabe fazer negócio.
O piloto decolou. Atrás dele o seu Jacó e depois deste o Jacozinho. O piloto ficou olhando pelo espelho a feição de Jacó. Ele estava impassível. O piloto começou a fazer várias manobras e Jacó firme. Deu mergulhos, girou de cabeça para baixo o avião sem cobertura. Desligou o motor. Raspou em uma árvore e Jacó nada. Ele desistiu e pousou. Já no chão, virou-se para Jacó e perguntou: “Tudo bem, o senhor não me paga, mas confesse, não teve vontade de gritar em nenhum momento? E Jacó:
– Bem…. pra falar a verdade, quando Jacozinho caiu eu quase gritei!!!