Obesidade aumenta em até 13 vezes risco de câncer, afirma médico da Unifesp

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Dr. Ramon de Mello

O oncologista Ramon Andrade de Mello ressalta a importância de uma vida saudável

A obesidade tem aumentado nos últimos anos na população brasileira. Em 2018, um estudo coordenado pelos pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) em parceria com a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, apontou que o IMC acima de 25 amplia em até treze vezes o risco de tumores cancerígenos. “A qualidade de vida é um fator determinante para a redução dos riscos de câncer. Alimentação saudável e exercícios regulares são as duas principais indicações para os pacientes”, orienta o oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp, da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).
Comemorado no dia 11 de outubro, o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade serve de alerta para essa epidemia silenciosa, que afeta todos os países. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2020, 61,7% da população adulta brasileira estava com excesso de peso. Entre 2002 e 2003, esse percentual era de 43,3%.
Os pacientes obesos podem desenvolver diversos tipos de câncer como os de mama, de fígado, próstata, esôfago e colorretal. “A gordura no organismo pode provocar o aparecimento de hormônios, que estimulam o surgimento e crescimento dos hormônios dependentes. Entre eles, aqueles relacionados com o câncer de mama e de ovários”, explica o professor da Unifesp.
O pesquisador esclarece ainda que a obesidade provoca um estado inflamatório crônico no organismo, reduzindo a sua imunidade: “O paciente vai ficar com suas defesas baixas, o que amplia as chances das células tumorais de se proliferarem”.
Os alimentos com excesso de sal, condimentados, defumados e gordurosos estão na lista daqueles que contribuem, por exemplo, para o aparecimento de tumores no estômago: “O consumo frequente de álcool e o tabagismo também aumentam as chances do organismo desenvolver um câncer”, alerta Ramon de Mello.

SOBRE RAMON ANDRADE DE MELLO
Oncologista clínico e professor adjunto de Oncologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).
O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é Coordenador Nacional de Oncologia Clínica da Sociedade Brasileira de Cancerologia, membro da Royal Society of Medicine, London, UK, do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology – ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology – ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology – ASCO).

Dr. Ramon de Mello é oncologista do Hospital 9 de Julho e da High Clinic Brazil, em São Paulo, SP.
Confira mais informações sobre o tema no site https://ramondemello.com.br/ (Ex-Libris Comunicação Integrada – [email protected])

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