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O risco do desequilíbrio na Economia

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves (*)

Especialistas em Economia, Finanças e Administração Pública preveem que o Brasil em breve no desequilíbrio por não conter o crucial gasto público e, ao mesmo tempo, elevar a tributação para fazer frente à gastança.

Ao mesmo tempo que mantém as bolsas e outras medidas eleitoreiras, que tendem a se ampliar com a aproximação do pleito de 2026, Enquanto convive com o perdulário regime das emendas parlamentares milionárias e nada (ou pouco) faz contra os salários acima do limite constitucional, pago aos marajás da administração pública, em consequência, a atividade econômica tende a escorregar em perigoso desequilíbrio.

Recorde-se que, só em 2024, o dólar desvalorizou-se 24%, batendo níveis nunca alcançados desde a criação do Plano Real de Estabilização Econômica (1994) e, mesmo assim, nada se faz pela reversão. Nem a desova de grande soma da moeda norte americana pelo Banco Central, em sucessivos leilões, foi capaz de conter a queda e – o pior – evitar a fuga de investidores nacionais e estrangeiros da economia brasileira para mercados que se tornam mais atrativos.

Desde que se colocou a fazer a inadiável reforma tributária, o governo petista tem enfrentado dificuldades com o Congresso Nacional (onde tem de aprovar os projetos) e com as classes mais poderosas do funcionalismo, que não abrem mão dos penduricalhos e de outros benefícios que as tornam extremamente privilegiada. E o presidente, com todo o seu traquejo para negociação, trazido do tempo do sindicalismo, tem cedido e deixado tudo do mesmo tamanho.

A tendência é que, com o aumento dos custos determinado pela elevação dos impostos, os produtos brasileiros percam competitividade no mercado e, por conta disso, a atividade econômica decline. É preciso encontrar antídotos para esse fenômeno.

Além do problema local, as autoridades brasileiras não podem se esquecer que o mundo – especialmente a América Latina – começa a viver um período de tensão. Concretizada na Venezuela a posse de Nicolas Maduro, que tem sua eleição contestada e poderá sofrer sanções dos outros países, temos a subida ao poder de Donald Trump nos Estados Unidos, que promete uma série de medidas. Sua equipe promete 100 decretos de ação imediata e parte deles deverá impactar toda a América, notadamente na questão da imigração. Também há a expectativa de que haja um tarifaço para a entrada de mercadorias nos Estados Unidos, principalmente se os países parceiros tentarem substituir o dólar por outra moeda, como propõem os países do Bricks, entre eles o Brasil.

A previsão de desequilíbrio econômico e das desinteligências entre os países do continente é preocupação que nenhum brasileiro – especialmente as autoridades – deve ignorar. O presidente Lula, seus ministros, os congressistas e até o Poder Judiciário – que nos últimos anos tem atuado politicamente – devem estar atentos e mitigar tudo o que for possível. Se aguardarem a crise instalar-se a solução estará mais difícil do que combatê-la antes de sua chegada. Lembrem-se que dinheiro uma das coisas mais importantes e voláteis do Mundo, que maltratada traz grandes problemas. Cuidem da crise antes dela bater às postas de nossa Economia.

No Brasil, particularmente, há o fenômeno da campanha eleitoral permanente. Embora haja um calendário em curso para a postulação de votos, a classe política não faz outra coisa. Com eleição a cada dois anos, assim que termina uma, começam os movimentos para viabilizar a seguinte. Em outubro passado elegemos prefeitos e vereadores de todos os municípios brasileiros. Senadores, deputados e outros cacique políticos ajudaram seus correligionários em disputa na esperança de tê-los como cabos eleitorais de luxo nas eleições de 2026, quando serão eleitos (ou reeleitos) presidente da República, governador estadual, senador, e deputados. O grande problema é que, embora a eleição geral seja em 2026, seus prováveis candidatos – desde o mais simplório até o mais significativo – já está em tratativas. Melhor seria que apenas trabalhassem para solucionar os problemas do País e deixassem a corrida aos votos para o tempo certo…

(*) É dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)

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