O que aconteceu?

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Entrevistando pela Rádio Cultura, 1975

Sim, Geraldo Polezze estava vacinado. Já havia tomado as duas doses da vacina contra covid-19. No entanto, veio a falecer, numa evolução desfavorável e rápida da doença: pouco mais de duas semanas desde a data da provável infecção.
Fomos conversar com o médico intensivista que o atendeu – áudio da conversa encontra-se no site do JA, Dr. Leonardo Ribeiro Anhesini.
Da conversa com o médico, encontramos algumas respostas: não existe vacina que proteja 100% dos casos, ou seja, embora vacinadas, as pessoas podem sofrer com episódio de covid grave, inclusive, eventualmente, chegando a óbito. O efeito da vacina será melhor à medida que a vacinação progrida, pois diminuirá gradativamente a circulação do vírus.
Por isso, ouvimos que vacinar-se é um ato de ajuda a si mesmo, mas também à coletividade.
O exemplo triste da doença em Polezze serve para ilustrar a necessidade de, além de nos vacinarmos, continuarmos com os cuidados contra transmissão de covid: especialmente, máscaras, limpeza das mãos e distanciamento.
Cuidem-se. Que o caso do nosso querido Geraldo Polezze sirva de alerta e, assim, todos nós passemos a ser mais cuidadosos. Vacinados, ou não.

Trechos da conversa com o Dr. Leonardo Ribeiro Anhesini

“A vacinação, com certeza, diminui o risco de gravidade, mas não isenta. Então, a vacinação não chega a ser uma isenção. Já tivemos casos de pacientes, não só da Coronavac, mas também da Astrazeneca, que foram graves, que ficaram em situação delicada”.
“Como uma pré-disposição a doenças, duas comorbidades chamam atenção, a obesidade e diabetes. No caso do Seu Geraldo, a obesidade. Não a obesidade grave que dificulte respiração. O problema é devido ao estado inflamatório constante em que fica o paciente obeso ou diabético. Essa predisposição no estado inflamatório talvez seja o fator principal”.
“O estado inflamatório pode trazer as complicações respiratórias, circulatórias, de choque… O estado inflamatório que acontece entre o quinto e sétimo dia, décimo-segundo, décimo-quinto dia, normalmente, é onde se mostram os pacientes mais graves ou menos graves”.

Veja o aúdio da conversa

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