Renata Toledo (*)
Pais e filhos podem formar uma parceria essencial durante os estudos, com uma comunicação assertiva que fortaleça o aprendizado e o vínculo familiar. A base dessa colaboração está na clareza e no respeito mútuo. Os pais devem estar atentos às dificuldades e necessidades dos filhos, oferecendo apoio sem sobrecarregá-los ou pressioná-los excessivamente. Ao ouvir as preocupações das crianças e jovens com empatia, eles mostram que estão dispostos a ajudar de forma equilibrada.
Por outro lado, os filhos devem sentir que podem expressar suas dúvidas sem medo de críticas. Quando os pais estabelecem um ambiente acolhedor, eles incentivam os filhos a serem honestos sobre seus desafios. Essa troca é fundamental para que os pais possam entender como e onde ajudar de maneira eficaz, seja com explicações, revisões de conteúdo ou até ajudando na organização do tempo de estudo.
Além disso, os pais podem modelar hábitos saudáveis de estudo, demonstrando disciplina e motivação. É importante que eles sejam guias, não apenas figuras de autoridade. Quando a comunicação é clara e assertiva, pais e filhos conseguem trabalhar juntos para superar desafios acadêmicos, desenvolver autonomia e construir um relacionamento de confiança baseado no respeito e na cooperação.
Essa transferência de apoio e conhecimento não se limita apenas ao conteúdo acadêmico, mas também ao desenvolvimento de habilidades emocionais, como resiliência e autocontrole. Isso permite que o processo de estudo se torne mais leve e eficiente, com pais e filhos aprendendo e crescendo juntos.
(*) É Psicanalista e Neuropp
O JA, em busca da melhor informação, conta com o depoimento da Leliana Serafim, diretora do Colégio Progresso
“Eu acredito muito que a parceria Família – Escola pode ajudar muito no desenvolvimento das crianças e dos adolescentes. Quando digo parceria quero dizer que se as duas partes seguirem na mesma direção, as crianças serão muito ajudadas e terão um desenvolvimento mais tranquilo.
Quando pensamos em desenvolvimento, necessariamente precisamos pensar o quanto as crianças precisam ser incentivadas à vivência da autonomia, mas é claro que autonomia não significa abandono, existe uma linha bem tênue para ser vivida. Acompanhar com atenção e carinho sem fazer tudo pelos filhos é um papel importante da família.
Outro ponto importante é que quando a família escolhe uma escola para seus filhos é necessário acreditar na filosofia e no trabalho desenvolvido.
Quanto mais tranquilidade a criança tiver, mais fluido será a aprendizagem, ou seja, se a família oferecer espaço físico, condição emocional e educacional de qualidade, será mais fácil para o aluno aprender os conteúdos passados em seu período escolar.
Diante de tudo isso fica a reflexão para que, nós adultos, ajudemos as crianças a encontrarem dentro delas a sua essência e que a relação que existe na família ou na escola consiga tirar de cada um o melhor. Que seja uma relação potente e, assim, produtora de frutos”.
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