O prefeito Edinho Silva, nesta semana, comemora o primeiro pagamento da quilométrica dívida da Ferroviária, em meio a vinda de empresa, promessa de vagas para trabalhadores e outras notícias alentadoras. Tendo como contraste o fluxo de caixa que, como espinho, invade fibras e dói como nunca. O editorial finca atenção ao clube grená que continua em pé devido à disposição do prefeito-afeano (ex-jogador do time da Estrada de Ferro), que liderou uma discutível desafetação do Estádio Municipal para vendê-lo a preço de ocasião. Foi comprado pelo Clube Araraquarense que tinha interesse ímpar e, assim, poderia ter pago algo mais (se é que deveria ter sido vendido esse campo de jornadas históricas que o tempo firmará posição sobre a pertinência de sua comercialização). O chefe do Executivo pretende investir todo o dinheiro arrecadado (sede social do C.A. retorna ao Município), a fim de limpar o nome da Associação Ferroviária de Esportes. É salutar sublinhar que o acerto dessa medida político-administrativa, de forma subjetiva, estará sempre subordinada à performance de 11 jogadores, nem sempre os que honram e dão sangue pela camisa grená. Como aqueles que vinham das bases e, ao vestir a camiseta principal sentiam-se realizados com a missão de propiciar alegria à região de Araraquara, de ferroviários e seus familiares, gente de todas as profissões a muitos esportistas espalhados pelo Brasil.
De qualquer maneira, com novo adiamento do leilão de imóveis dos diretores grenás que endossaram compromissos do clube (devem mandar rezar missa de Ação de Graças pela saúde do Edinho Silva e dos vereadores presididos pelo Ronaldo Napeloso), caberá ao futuro julgar os atos de hoje. Sem imediatismo… como a foto do tempo em que Edinho era vereador. Vivia procurando lixo e entulho para denunciar. Hoje, como prefeito não ouve os reclamos e nem dá bola às reivindicações justas e coerentes para respeitar as árvores, acabar com mato e lixo e tornar a cidade árida aos aedes-aegypti que, de novo, estão voltando para inocular a dengue.
