Leila Braga D’Ambrósio é Psicóloga Clínica (Unesp-Bauru, 1977. Formação em Psico-oncologia, Psiconeurolinguística e Violência Doméstica. Trabalha na Prefeitura de Araraquara como psicóloga, atuando no Centro de Referência da Mulher “Profa. Heleieth Saffioti” e atende em sua clínica, Rua Nayn Jorge, 70, na Vila Xavier. Dúvida pode ser dirimida pelo (16) 33320790. É a indicada de Sarah Coelho para ser o destaque da página Gente.
JA – É o estilo de vida que determina a existência de uma pessoa?
L.B.D.- Também. Porém a qualidade mais importante que a quantidade obtém-se quando atingimos uma consciência holística. Cuidando do corpo, da mente e do espírito.
Como manter uma boa qualidade de vida?
Tenha sempre objetivos, para curto, médio e longo prazos. Aqui também vale vivenciar o que foi exposto na questão anterior, cuidando-se amorosamente.
Como proceder no dia-a-dia para aliviar tensões?
Costumo trabalhar na minha prática de Psicoterapia com “Técnicas de Visualização” que é um recurso fundamental para instalação de experiências no sistema nervoso. Existem várias, para relaxar. Algumas mais rápidas, próprias para o dia-a-dia até em ambientes de trabalho e outras que envolvem um relaxamento mais profundo.
Como definir a felicidade?
É um conceito amplo que também tem a ver com a história de vida de cada pessoa, suas crenças e escala de valores. Para mim basicamente tem a ver com o que você É e com o que você FAZ, entendendo que estamos sempre em processo de transformação interior.
Como mantê-la?
Ter sempre claro para você mesmo elabora a sua “Filosofia de Vida”, com a percepção de que ela nos devolve aquilo que lhe damos. Ação e Reação. Se você não está satisfeito com o que você está recebendo, observe o que está emitindo.
Os (as) amigos (as) que nos abandonam nas horas difíceis, como você podem ser qualificados?
Assim pode-se enxergar o que realmente não eram. Isso não é bom, nem ruim. Cada um é o que é, nos atraímos pelas afinidades. É muito importante para nossa paz a postura que temos em relação ao que ocorre conosco na vida. O que conta não é exatamente o que acontece, mas sim o modo como nós reagimos ao que acontece conosco.
Como cultivar bons relacionamentos?
É imprescindível que comece com você desenvolver positivamente sua auto- estima e amorosidade. Semelhante atrai semelhante.
Como trabalhar com momentos de tristeza?
Aceitando profundamente, aprendendo com ele na certeza de que o inverno não dura eternamente. Esses são grandes momentos na nossa existência para evoluirmos.
Por que as pessoas desenvolvem tantos “medos”?
Dentro do grupo de transtornos de ansiedade, temos os mais comuns: os de pânico e a Agorafobia que é o medo de estar em lugares públicos que pode ou não estar associado ao pânico. Os sintomas e seu desenvolvimento estão relacionados a fatores biológicos, genéticos e circunstanciais.
As mulheres são mais suscetíveis de desenvolver a “Síndrome do pânico?
Os dados epidemiológicos indicam a existência de maior predisposição na população feminina devido às especificidades hormonais e alterações menstruais. Variações hormonais e endócrinas são um dos fatores causais assinalados, entre outros.
Os tratamentos para essas síndromes são longos?
O tempo é determinado em grande parte pelo estágio que a pessoa procura ajuda. É evidente a importância de um diagnóstico bem elaborado para afastar outras possíveis doenças. Seja qual for a linha teórica do Psicólogo, deve atuar com o médico Psiquiatra que vai medicar e acompanhar a evolução clinica do caso. Geralmente as respostas ao tratamento são muito positivas.
Essas síndromes são mesmo doenças da “modernidade”?
Estudos recentes indicam a possibilidade de caracterizá-las como doença de época, relacionada a estilo de vida agitado. O medo tal como se apresenta também é objeto de estudo na Sociologia, como o reflexo da época em que vivemos. Suas manifestações patológicas espelham nos indivíduos o que se passa no coletivo, como as realizações e os descaminhos da humanidade.
Mensagem
Todo conhecimento verdadeiro uma vez lançado no espírito humano, um dia germina. Ajudemos o progresso, mas, não exija do seu companheiro de jornada uma compreensão dos fatos idênticos à sua. Nem que ele tome atitudes que você tomaria. As lições de Jesus são para todos nós, conforme temos capacidades para senti-las e vivenciá-las.