Prof. Giovani Henrique Peroni
Você pode até ter ouvido a palavra ergonomia, porém o entendimento sobre o seu significado é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e nomus (regras). Nos Estados Unidos, usa-se também, como sinônimo, humam factors (fatores humanos).
Resumidamente, pode-se dizer que a ergonomia se aplica ao projeto de máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas atribuídas às funções ocupacionais com o objetivo de melhorar a segurança, saúde, conforto e eficiência no trabalho.
A ergonomia estuda vários aspectos: a postura e os movimentos corporais (sentado, em pé, empurrando, puxando e levantando pesos), fatores ambientais (ruídos, vibrações, iluminação, clima e agentes químicos).
A conjugação adequada desses fatores permite projetar ambientes seguros, saudáveis, confortáveis e eficientes, tanto no trabalho, em casa ou no lazer.
A ergonomia baseia-se em conhecimentos das áreas cientificas, como a antropometria (composição corporal), biomecânica (movimentos dos segmentos corporais), fisiologia, psicologia, toxicologia, engenharia mecânica e segurança do trabalho, desenho industrial e eletrônica. A ergonomia possibilita a selecionar e integrar os conhecimentos relevantes sobre estas áreas para desenvolver os métodos e técnicas específicas para a melhoria do trabalho e das condições de vida.
A ergonomia pode contribuir para solucionar um grande número de problemas sociais relacionados com a saúde, segurança, conforto e eficiência. Muitos acidentes do trabalho podem ser causados por erros humanos. A maioria dos acidentes do trabalho é devida ao relacionamento inadequado entre os operadores e suas tarefas laborais.
As doenças do sistema músculo esquelético (principalmente dores nas costas) e aquelas psicológicas (estresse), constituem a mais importante causa de absenteísmo e ao de incapacitação ao trabalho.
As situações inadequadas podem ser atribuídas ao mau projeto e ao uso inadequado de equipamentos, sistemas e tarefas. A ergonomia contribui para reduzir esses problemas; a prevenção dos erros melhorando o desempenho da performance do processo produtivo das empresas.
Alguns conhecimentos em ergonomia foram convertidos em normas oficiais com o objetivo de estimular a sua aplicação. Estas se encontram nas normas ISO (International Standardization Organization), nas normas européias EM da CEN (Comitê Européen de Normalisation), na norma ANSI (Estados Unidos) e BSI (Inglaterra). Além disso, há normas específicas de ergonomia que devem ser aplicadas nas empresas, bem como nas normas nacionais. (N.R.: No Brasil há a Norma Regulamentadora NR 17 – Ergonomia, Portaria n.º 3.214, de 08/06/1978 do Ministério do Trabalho, modificada pela Portaria n.º 3.214, de 23/11/1990 do Ministério do Trabalho).
Serviço
Prof. Esp. Giovani Henrique Peroni – CREF SP: 2312
Biomecanicista Ocupacional e Ergonomista
Consultor Ergonômico da Ambioergo.