Márcia Huidobro valoriza a felicidade

Em Araraquara há 12 anos, Márcia Huidobro morou durante 23 anos a 100 metros da praia, em Santos, de onde sente saudade pela possibilidade de andar descalça na areia.

“Os araraquarenses me receberam muito bem e pude ‘adotar’ a praia do Naútico para curtir horas agradáveis”, diz Márcia.

Indicada por Sarah Coelho Silva, concedeu entrevista ao JA para o destaque em Gente nesta edição.

Fale sobre o seu temperamento.

Considero difícil definir o meu temperamento. Assim como sou calma em situações de emergência sou impaciente e até “briguenta” em algumas situações mais simples. Posso dizer que sou inquieta.

Foi essa inquietação que a impulsionou a fazer tantos cursos?

Sempre gostei de ler e é muito bom escutar pessoas te passando informações.

Além de ser formada em História e Geografia…

Fiz a faculdade de Relações Públicas até o último ano, quando precisei me mudar para o México.

Conte-nos essa primeira experiência no México.

Foi muito interessante. Aprendi bastante sobre a cultura asteca e pude estudar espanhol. Esses cursos são ótimos porque pode-se conhecer gente do mundo todo. tive a oportunidade de dar aulas de português no Centro de Idiomas e na 3M para um grupo de engenheiros que viriam trabalhar aqui no Brasil.

Em quais lugares trabalhou?

Sempre dei aulas por onde morei. Claro que depois de casada e com três filhos, nem sempre foi fácil. então, me dedicava ao serviço voluntário, que é também altamente gratificante. Em São Paulo, foi na AACD, entidade que assiste crianças deficientes, e, aqui, no Lar Juvenil e na Beneficência Portuguesa.

Hoje, você também está no Senac?

Comecei no Senac também como voluntária, mas, como foi uma história de “amor à primeira vista”, agora sou convidada a dar algumas aulas. Gosto muito do pessoal de lá.

E as aulas?

Atualmente, tenho participado de alguns projetos, como o curso Técnico de Secretariado e o PET (Programa Educação Para o Trabalho), entre outros. O PET é um projeto maravilhoso, criado para atender jovens de baixa renda, que estejam cursando ou tenham cursado o colegial. O principal objetivo é prepará-los para ingressar no mercado de trabalho, com maior crescimento pessoal e profissional. São vários módulos, incluindo nutrição, informática, higiene e saúde.

Qual a sua contribuição?

Minha participação é ensinar recepção, atendimento a clientes e comportamento social (etiqueta). Na verdade, não sei quem aprende mais, se são eles ou se sou eu.

Como se envolveu justamente com o tema “etiqueta”?

Bem, eu sou a filha mais velha de quatro irmãos e, como todos sabem, a primeira é sempre mais cobrada quanto aos modos e a postura. Depois que me casei, fui obrigada a ir atrs de informação para completar o que faltava e para não me atrapalhar muito na hora de receber as pessoas. Acabei gostando…

Maior realização no magistério.

É quando tenho certeza de que a informação foi assimilada. Deve ser hereditário. Sou neta e filha de professora. Só não pide fazer carreira em um mesmo lugar porque precisei mudar, acompanhando a vida profissional de meu marido e pelos filhos, Andréa, Rodrigo e Daniela, que sempre foram mais importantes que qualquer sucesso. Porém, sempre que posso dou aulas. É mesmo um idealismo. Pena que seja uma profissão tão pouco valorizada, apesar de ser tão importante para criar a base moral e ética dos nossos jovens.

Como avalia o professor?

É ele quem constrói valores fundamentais para a formação do adulto, principalmente nos dias de hoje, em que quase todos precisam trabalhar em tempo integral. É com os professores que os jovens passam a maior parte do tempo.

Quais são seus projetos?

Gostaria de participar de um projeto de alfabetização para adultos. Quem sabe um pouco mais para frente.

Mensagem

Se você não consegue colocar amor e entusiasmo no que faz é melhor reorganizar suas atividades. Nós só temos essa vida para sermos felizes.

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