Da Redação/opinião
O Brasil arrisca e repete atraso na busca de vacinas. Países da Europa, Canadá e Estados Unidos já iniciaram a vacinação contra monkeypox. Verdade que, diante de restrição de capacidade de produção de laboratório, a aplicação dá-se mediante eleição de grupos mais vulneráveis.
Por aqui, a expectativa é receber 50 mil doses. Sim, leram corretamente: o país pediu 50 mil doses. Sequer cobre os profissionais da área de saúde.
A OMS alertou que os casos no Brasil representam o maior aumento numa semana, em comparação com todos os países do mundo. Situação, por óbvio, gravíssima.
Contudo, em mais uma sinalização de desatenção, o Ministro da Saúde afirmou que não irá declarar emergência de saúde pública. Isso foi pedido pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), mas, como se viu, sem sucesso.
Também, chama atenção a justificativa para deixar de negociar compra direta de vacinas com laboratório: não haveria escritório/representante do laboratório no país, impedindo pedido de registro na ANVISA. Ocorre que se trata de vacina já existente, aprovada e aplicada na Europa, Canadá e Estados Unidos. Por que não se editou uma medida provisória, tratando da excepcionalidade, então?
Lamentavelmente, testemunhamos o crescimento veloz de casos e a lentidão sem justificativa do governo federal. Saúde deveria ser prioridade sempre. Que não nos arrependamos depois.
