Texto: Lineu Carlos de Assis
Na Sessão do dia 07/12, foi aprovada a Moção de Repúdio acerca da omissão do Governo do Estado de São Paulo perante a grave crise salarial pela que passam os policiais paulistas.
A atual crise salarial é histórica, já que as remunerações das carreiras policiais paulistas (policiais militares, policiais civis, policiais científicos e policiais penais) estão entre as piores do Brasil, sendo que alguns cargos, graduações e postos estão na última posição no comparativo com funções similares das demais unidades federativas do país.
Não há a devida reposição inflacionária aos salários dos policiais desde 2014, havendo 2 pequenos reajustes de 4% (2018) e 5% (2020) que não suficientes (nem de longe) à necessária recomposição salarial perante uma inflação acumulada, superior a 50%. A situação é extremamente degradante, visto que os policiais paulistas têm se dedicado tanto para a diminuição dos índices criminais, enfrentado facções criminosas fortemente armadas, trabalhado em condições insalubres, socorrendo, resgatando e salvando vidas, solucionando crimes e controlando criminosos, tudo em defesa da sociedade e da manutenção da paz social.
Durante as eleições de 2018, o atual governador apresentou falsas promessas de fazer a rápida recomposição salarial (a partir de 2019), e elevar os salários dos policiais paulistas ao nível do 2º melhor salário do país (à época, o 1º era de Brasília/DF). E ao longo dos anos no exercício do seu mandato, reiterou inúmeras vezes esse “compromisso público” firmado no plano de governo, porém, quase findando seu “governo”, a promessa não foi cumprida.
A Moção, que foi subscrita por outros 12 vereadores da casa e aprovada na última sessão ordinária, objetiva registrar a nossa manifestação de repúdio à omissão, descaso e desrespeito, pelo tratamento indigno dado pelo Governo do Estado de São Paulo contra todos os policiais paulistas e será encaminhada por ofício à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, para que sejam adotadas as providências legais cabíveis por aquela digna Casa de Leis.