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DO VEREADOR LINEU DE ASSIS
“Fala sobre Lockdown, soluções na pandemia. "Completamos um ano de enfrentamento ao Covid-19. Os malefícios na saúde e economia impactaram o comportamento das pessoas que viram declinar seu poder aquisitivo e negócios dos que perderam empresas ou atolaram-se em empréstimos.
O aumento de infectados e morte (associado ao número restrito de leitos UTIs e Enfermaria) dão vida ao "lockdown" levando a atitude simplista: fechar tudo. Grande parte das análises para o desastre, mas, não orienta sobre o que fazer. Podemos mostrar modos diferentes de agir.
DA RESTRIÇÃO À CIRCULAÇÃO DE PESSOAS
1. apresentar ao legislativo os números dos casos e a sua evolução, obtendo entendimento e o parecer de cada membro;
2. apresentar para a sociedade os números dos casos e a sua evolução.
3. definição do tipo de "lockdown" parcial ou total, regionalizado conforme o estabelecimento do grau de complexidade de riscos (alto, baixo e moderado), por zonas (norte, sul, leste ou oeste) entre sociedade, legislativo e executivo.
4. promover orientações saudáveis para a população quanto aos alimentos básicos para atravessar o período, acompanhado por nutricionistas e nutrólogos;
5. promover orientações saudáveis para a população com acompanhamento de psicólogos através dos meios eletrônicos;
6. permitir que a sociedade se prepare materialmente, estabelecendo um prazo para o abastecimento de materiais e alimentos na sua casa;
7. informar a sociedade, pelos meios de comunicação, sobre o período estabelecido do fechamento;
8. promover estudo logístico das entradas e saídas das regiões contemplando os bairros para colocação das barreiras pela Força do Exército Nacional, inviabilizando a circulação entre zonas;
9. no fechamento parcial, após as zonas estarem fechadas, permitir a circulação no interior dela somente para o funcionamento dos comércios essenciais com a finalidade de permitir o abastecimento de urgência e emergência e promover o giro da economia local;
10. permitir que as pessoas circulem com restrição de horários, sendo das 7 às 12h para os idosos acima de 60 anos nos estabelecimentos que deverão fechar por duas horas para processo de higienização e desinfecção do seu comércio. Abertura das 14 às 18h para os adultos abaixo de 60 anos. A partir das 21 até 5h do dia seguinte, estabelecer o toque de recolhimento, sem festas e aglomerações;
11. espaços públicos (praças de esportes) deverão permanecer abertos para que seja permitida prática de atividade física como meio preventivo para aqueles que apresentarem atestado médico da sua real necessidade, considerado meio terapêutico e preventivo no seu estado de piora ou agravamento do seu quadro de saúde, colocando profissionais Educadores Físicos nos espaços para orientar a prática de atividade física e estimular a PPP, contrapartida de auxílio nas praças;
12. estabelecer polos regionalizados por zona de atendimento a Covid-19, com equipe multidisciplinar, equipamentos, ambientes para identificação, tratamento e monitoramento;
13. tipificar causas das mortes, características físicas e perfil das pessoas, as relações pessoais com seus próximos;
14. identificar o perfil e a conduta de vida dos contaminados e, principalmente, dos que vieram a óbito;
15. permitir a entrada de materiais e alimentos nos bairros da zona considerada vermelha para abastecimento local;
16. regras severas para evitar aglomerações ou pessoas transitando sem qualquer justificativa além dos horários e locais previstos;
17. transporte público deverá ser dividido por zoneamento com rotas circulando internamente no bairro para os locais considerados essenciais. Deverá também conter um miniterminal de integração improvisado com horário estipulado para transportar para a cidade somente os casos autorizados por alguma necessidade;
18. rastreamento de quem entra na cidade – através do terminal de ônibus com testagem após identificar região da qual o passageiro é oriundo;
19. estabelecer barreiras nas entradas das cidades identificando o local de partida, classificando se é de risco, encaminhando para testagem rápida.
CONCLUSÃO: essas informações servirão para abastecer os estudos da doença. Os diferentes modos de ação serão norteados pelos dados quantitativos monitorados e estarão sujeitos a alterações. Relevante é uma zona com condutas corretas pelos moradores sendo notificado o comércio desobediente das outras regiões. A identificação deverá ser feita por uma escala de 0 a 1000 casos ser considerada baixo risco; 1000 a 2000 casos, risco moderado; e acima de 2000 casos, alto risco. Os casos em alto risco automaticamente entrarão na fase vermelha, com restrições severas no plano de ação "lockdown" total ou parcial, após ser comprovada a sua necessidade envolvendo iniciativa pública do legislativo, executivo e sociedade civil.
A taxa de mortalidade da covid-19 do Brasil atualmente é de 2,41% óbitos dos infectados. A maior taxa é da Itália, 3,3%. Em Araraquara, temos 1,41%. Os estudos em outros países mostram claramente que "lockdown" horizontal total não reduziu a taxa de mortalidade como se esperava. Os países que adotaram o isolamento vertical obtiveram melhores resultados, tais como Coreia do Sul, Suécia e Turquia, onde tiveram o seu pico de número de mortos com significativa redução.
EM NOSSA CIDADE
Este isolamento imposto pelo executivo poderia ter funcionado se com muita organização tivéssemos feito no início da pandemia – meados de fevereiro a março de 2020, agora teria que ter transformação.
O modelo proposto do isolamento vertical parcial regionalizado não iria afetar o comércio da nossa cidade e, de maneira organizada, as regiões que apresentariam baixos indicadores não seriam prejudicadas por aquelas que apresentaram altos números.
Através do acompanhamento do Site, a Prefeitura de Araraquara, por intermédio da Vigilância Epidemiológica, estabeleceu parceria com o URBIE: Grupo de Inovação e Extensão em Engenharia Urbana. É sabido que a região Leste (Parque São Paulo, Pinheiros, Jd. América, Vila Xavier e adjacentes) é o local que mais apresenta infectados acima de 2000 pessoas vítimas da Covid-19.
A Zona Norte (Selmi-Dei, Vale Verde, Serra Azul, Romilda Barbieri, Verde Vale, Adalberto Roxo e adjacentes) é o segundo com maior população de contaminados. Isso é comprovado através do estudo de zona de calor feito pelos especialistas da URBIE UFSCAR.
Assim, podemos atribuir…
a tarefa de casa foi parcialmente realizada e grande falha do Prefeito e da sua equipe foi a de não equipar com leitos de UTIs nossos hospitais, já que 75 leitos para uma população de 400 a 500 mil pessoas (Araraquara e Região) são insuficientes. Temos a média de 1,4 leito para cada 10 mil habitantes… OMS prevê que a excelência seria de três leitos para cada 10 mil habitantes.
PERGUNTA-SE:
Faltou dinheiro? Prefeito e senhores Membros do Comitê, faltaram pessoas capacitadas para caminhar com os senhores? Quantas vidas poderíamos ter salvo com recursos de uma UTI?
EM TEMPO:
Estes pareceres técnicos foram buscados com profissional da área, profundo conhecedor do assunto. Talvez, se a Prefeitura de Araraquara fosse mais criativa, a Cidade poderia estar em patamares bem menos traumáticos. Que Deus seja louvado!”